terça-feira, 26 de abril de 2016

1º de Maio Combativo 2016, Lisboa


1º de Maio Combativo 2016, Lisboa: 15:30, Praça D. Pedro IV

Primeiro de Maio: Dia Internacional dos Trabalhadores

  Este é o dia em que se comemoram as lutas de todos os trabalhadores de todo o mundo. No entanto, que temos nós para comemorar? O prevalecente desemprego? A exploração salarial? A facilidade dos despedimentos? O trabalho precário? Uma esquerda parlamentar que se preocupa sobretudo com a obtenção de mais votos?

  As confederações sindicais, organizadas segundo um sindicalismo burocrático e reformista, revelam ser incapazes de conduzir com sucesso a luta dos trabalhadores contra a classe dominante que lucra com a nossa miséria. Há muito que abandonaram este objectivo e apoiam a narrativa de que a exploração das nossas vidas para enriquecer os bolsos de uma minoria está cá para ficar.

  São necessárias novamente as formas de luta que no passado conquistaram as 8 horas de trabalho, como a acção directa, o boicote, a greve, e a sabotagem. É necessário o sindicalismo revolucionário, organizado pelos trabalhadores de forma assembleária, que não se rende à vontade dos patrões, e que não pára até atingir o seu objectivo final: a emancipação dos trabalhadores. Temos de tomar o controlo dos nossos locais de trabalho, dos nossos bairros, das nossas ruas, das nossas vidas!

  Contra a "festa" da miséria! Unidos e auto-organizados nós damos-lhes a crise!

Rumo às portas que Abril abriu - CEL_Lisboa



Fotografias do Bloco Libertário + Jacobichas de 25 de Abril de 2016


  Ao contrário do que podemos ouvir por algumas ruas, não precisamos de um novo 25 de Abril. Sendo que este correspondeu à passagem de uma ditadura para uma democracia representativa que a cada instância se demonstra ineficaz para garantir a liberdade dos portugueses, seria impensável apoiarmos tal slogan, ou ainda o “25 de Abril sempre”; para sempre neste impasse não desejamos ficar.
  Daqui escrevem alguns daqueles e daquelas que já nasceram com muito do que aquele golpe podia dar: liberdade de expressão, privilegiada se monopolizarmos os média; de associação, mesmo tendo nós de subjugar-nos ao monopólio estatal; um estado de bem-estar social que nos capacitou para escrevermos este texto e que nos manteve saudáveis o suficiente para sermos servos da classe dominante, mas que começa a travar com as emboscadas neoliberais, etc.
  Como já deveríamos todos e todas saber, não só de sistemas políticos vive o ser humano. Não vale a pena falarmos de cumprir a Constituição quando o capitalismo lhe coloca proibições estruturais aos seus valores, ou talvez até por em certos pontos estar desatualizada à experiência que já desenvolvemos. Significa isto conformar-mo-nos ao reformista que se multiplica com os seus “A democracia é o melhor entre os piores sistemas”, “Mal menor”, “No meio está a virtude”? Claro que não! Celebram esta data com o mesmo pensamento que a fez chegar tão tarde, “é melhor assim do que como era antes”. O fado que nos cantam sobre esta ser a única opção, não está só caducado, é um fado medroso. É um fado do medo à ditadura política quando prevalece a ditadura dos mercados, que em tudo limita a vida política! É um fado ao profissionalismo que nos dispersa, que nos afasta das nossas comunidades e dos nossos problemas.
  “Se os jovens quiserem mudar qualquer coisa, os velhos soltarão um grito de alarme contra os inovadores. Aquele selvagem preferiria deixar-se matar a transgredir o costume do seu país, porque desde a infância lhe disseram que a menor infracção aos costumes estabelecidos lhe traria desgraça, causaria a ruína de toda a tribo. E ainda hoje, quantos políticos, economistas, e pretensos revolucionários agem sob a mesma impressão, agarrando-se a um passado que se vai embora! Quantos não têm outra preocupação senão procurar precedentes! Quantos fogosos inovadores não passam de simples copistas das revoluções anteriores!”
  - Piotr Kropotkin em "A Lei e a Autoridade"
  Se as portas se abriram, não fiquemos por aqui. Organizemo-nos para o combate da opressão que ainda prevalece; tirando as correntes que nos prendem, nada temos a perder.
  Colectivo Estudantil Libertário de Lisboa

sábado, 23 de abril de 2016

Bloco Libertário - Marcha 25 de Abril 2016


Mais do que comemorar o aniversário do golpe militar que pôs fim a 48 anos de fascismo, é necessário encetarem-se novas lutas, a nível nacional e internacional, que dêem resposta a este mundo capitalista que não só destrói as nossas vidas como até coloca em perigo a sustentabilidade ambiental do nosso planeta.


Hoje como antes da madrugada de 25 de abril de 1974, os governos de todos os países estão ao serviço dos seus próprios interesses e da máquina capitalista da qual dependem.



A melhor maneira de honrar esta data é seguir o exemplo daqueles que, em desobediência das ordens para ficarem em casa no dia do golpe, saíram às ruas, e nos dias seguintes organizaram-se para assumirem o controlo das suas próprias vidas, ocupando terras e empresas, expulsando patrões e latifundiários, praticando a autogestão, criando movimentos populares de base, comissões de trabalhadores e de moradores.

Só a luta autónoma, auto-organizada, direta e persistente terá efeito contra aqueles que nos oprimem e exploram todos os dias, em particular aos mais desprotegidos e despossuídos.

No meio do folclore da cega celebração, façamos do nosso bloco, um bloco reinvidicativo e sem meias palavras, anti-capitalista e libertário.

Junta-te e trás um amigo também! (mais os cartazes, os flyers, as faixas, e as bandeiras!)

Concentração às 15h em frente ao Diário de Notícias, av. da Liberdade

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Colectivo Estudantil Libertário de Lisboa
Iniciativa Libertária
Núcleo de Lisboa da Secção Portuguesa da Associação Internacional dos Trabalhadores


terça-feira, 5 de abril de 2016

2º dia de Solidariedade Internacional com os "Títeres desde abajo"


Ato de sensibilização e solidariedade pela absolvição dos "Títeres desde Abajo", marcando o dia 5 de Abril, 2º dia de Solidariedade Internacional para com a luta dos mesmos, com participação da AE António Arroio, CEL_Lisboa e Núcleo de Lisboa da AIT-SP.

Arte não é terrorismo - Libertad Titiriteros!

    No dia 5 de Fevereiro foram presos dois marionetistas espanhóis, o grupo “Títeres desde abajo”, pela apresentação de um teatro de rua satírico no Carnaval de Madrid tendo as autoridades considerado o espetáculo “apologia ao terrorismo”, devido à presença de um cartaz “Gora Alka-ETA” que fazia alusão à manipulação policial precisamente sobre este tema.
     A detenção de Raúl Garcia e Alfonso Lázaro provocaram uma onda de solidariedade que os libertou, porém recaem sobre eles ainda as acusações de “enaltecimento ao terrorismo” e de “delito às liberdades individuais”, ficaram sem passaporte, e têm de se apresentar periodicamente às autoridades (cada 15 dias no caso de Raúl, e cada 30 dias no caso de Alfonso).
  Exigimos a absolvição das acusações, sendo que o único “delito às liberdades individuais” presente nesta história é a violação da liberdade de expressão, praticada pelo Estado Espanhol que os condena, e o único terror, suscitado pelo autoritarismo que tenta calar as vozes discordantes.


Texto subscrito por:
Associação de Estudantes da Escola Artística António Arroio
Colectivo Estudantil Libertário de Lisboa
Núcleo de Lisboa da Secção Portuguesa da Associação Internacional dos Trabalhadores