sexta-feira, 21 de março de 2014

Contra os despedimentos na TEKA em Espanha


A PORTINOX, do Grupo TEKA, despediu 13 funcionários na fábrica em Granada, Espanha.
A multinacional, a operar em 33 países, não pode valer-se da desculpa das dificuldades económicas, pois se a situação fosse grave, os cortes teriam de se repercurtir nos avultados salários dos gerentes e não nos dos trabalhadores.
O mais provável é que este despedimento colectivo se enquadre numa estratégia da empresa para desmantelar e transferir a Portinox para países onde a produção seja mais barata, como mostra a actuação do grupo Teka em Santander, Espanha, com o despedimento de 198 trabalhadores. 
Isto tudo, como sempre, com a colaboração desprezível do Ministério do Emprego Espanhol, dos meios de comunicação social que se têm limitado a passar a versão da empresa, chegando a citar textualmente as cartas de demissão e com os sindicatos oficiais a limitarem-se a seguir as instruções que o patronato lhes ditou.
A última palavra é, pois, dos trabalhadores. Apenas organizados poderemos fazer valer a nossa voz!
A CNT, Confederação Nacional do Trabalho, tem estado em luta contra a empresa há vários meses e hoje multiplicam-se em todo o mundo as acções de solidariedade para que os trabalhadores sejam readmitidos. 
Em Espanha, em Portugal e em todo o lado, a solidariedade entre trabalhadores e trabalhadoras em luta será sempre mais forte do que toda a repressão dos patrões!

Readmissão dos trabalhadores despedidos em Granada!

Um ataque contra um é um ataque contra todos!

AIT-SP | Núcleo de Lisboa  
20/03/2014

quinta-feira, 20 de março de 2014

Relato da concentração "Queremos transportes públicos para todos!"

 

 Esta quarta-feira, dia 19 de Março, realizou-se no terminal de transportes do Campo Grande (Lisboa), uma concentração com o mote "Abra os olhos e combata a fraude capitalista! Queremos transportes públicos para todos!". 

A convocatória inicial do Núcleo de Lisboa da AIT-SP foi tomada por muita gente como sua, resultado da indignação provocada pela campanha do Metro/Carris a favor da delação dos utentes que não pagam bilhete e à exclusão de cada vez mais pessoas do direito à mobilidade, por não terem dinheiro para pagar transportes cada vez mais caros.
Ao longo de duas horas as centenas de comunicados foram poucos para tantos transeuntes apressados. Ainda assim, muitos foram os que abrandaram o passo e expressaram o seu apoio. A banda Ritmos de Resistência somou-se à concentração animando os presentes e levando mais gente a reparar no protesto. No final, ficámos todos com vontade de multiplicar este tipo de protestos a favor de transportes verdadeiramente públicos, para todos.

A todos os que participaram fica o nosso agradecimento.


















Fotos de Guilhotina.info.

quarta-feira, 19 de março de 2014

A Comuna de Paris

                                   A COMUNA NÃO ESTÁ MORTA!
                                 (La Commune n’est pas morte!)
                                                                                                      
 A Comuna de Paris, proclamada a 18 de Março de 1871 pelo operariado e pelo povo de Paris, frente ao despotismo e corrupção  dos governantes, Napoleão III e Thiers,  conluiados com os então invasores prussianos e o seu chefe Bismarck, após o fim da guerra franco-prussiana de 1870, foi “mais do que a última revolução plebeia ou a primeira revolução proletária (…) uma experiência de auto-instituição, um acontecimento que possui autonomia, não apenas pela sua ousadia, mas pela suas singularidades (…), uma linha divisória dos tempos (…), um antes e um depois absolutamente antagónicos e aparentemente  irreconciliáveis” (extraído do livro “Negras tormentas –o federalismo e o internacionalismo na Comuna de Paris” , de Alexandre Samis).
Muitos dos impulsionadores da Comuna (Varlin, Ferré, Duval, Denise…) eram elementos ativos da AIT-Associação Internacional dos Trabalhadores - entretanto extinta num congresso nos Estados Unidos em 1869 pela fação adepta  de Marx – mas que sempre tinha animado fortemente e de forma libertária a organização do proletariado francês.


Ao contrário das interpretações de Marx após a Comuna de Paris, muito vulgarizadas pela literatura marxista-leninista, a Comuna NÂO FOI a “ditadura do proletariado”, pelo menos no sentido que Marx lhe deu: nem havia nela uma UNICIDADE ideológica como acabou por se passar no desenvolvimento da  revolução russa de 1917  (as tendências existentes entre o operariado e o povo na Comuna eram várias e iam para além dos internacionalistas da AIT) nem se visava criar nenhum exército permanente nem nenhuma máquina estatal. A Comuna de  Paris era o POVO EM ARMAS , organizado de forma FEDERADA , com as suas assembleias escolhendo os diversos delegados para as diferentes tarefas mas REVOGÁVEIS A QUALQUER MOMENTO, não tendo nada a ver com o chamado “centralismo democrático” leninista, nem se buscava com a Comuna criar qualquer forma de estatização dos meios de produção (como se viria a passar nas várias experiências de “socialismo real” ou de capitalismo de Estado) mas sim a sua COLECTIVIZAÇÃO pelos trabalhadores e pelo  povo. O operariado parisiense e francês em geral, estava muito mais influenciado pelas ideias mutualistas de Proudhon e coletivistas de Bakunine do que pelo estatismo “socialista” defendido por Marx.

A Comuna de Paris mesmo que esmagada pela reação burguesa francesa e prussiana, continuou a ser um marco separador entre todas as ideias de “recuperação” do Estado, defendidas por todos os marxistas (à exceção de alguns ditos “conselhistas” – adeptos do sistema de Conselhos da revolução alemã de 1918 e do início da revolução russa) e a ideia anarquista da necessária DESTRUIÇÃO DO ESTADO como forma primeira de destruir o CAPITALISMO.

sábado, 15 de março de 2014

19 Março - Concentração: Queremos transportes públicos para todos!


Quarta-feira, 19 de Março, às 18:00
Campo Grande (Lisboa), terminal do metro e autocarros

Abra os olhos e combata a fraude capitalista!

Queremos transportes públicos para todos!

Recentemente, a Carris e o Metro de Lisboa gastaram 9 900€ numa campanha nojenta a apelar a que as pessoas denunciem quem não paga bilhete.

Não somos bufos e não aceitamos que nos venham culpabilizar pela degradação dos transportes “públicos”!

Exigimos respeito!
Exigimos melhores transportes públicos e gratuitos!

Unidos e auto-organizados, nós damos-lhes a crise!

Concentração no Campo Grande, junto ao terminal do metro e autocarros. Apareçam!!!

Associação Internacional dos Trabalhadores – Secção Portuguesa
Núcleo de Lisboa

sexta-feira, 14 de março de 2014

Abra os olhos e combata a fraude capitalista! Queremos transportes públicos para todos!

Recentemente, a Carris e o Metro de Lisboa gastaram 9.900€ numa campanha nojenta a apelar a que as pessoas denunciem quem não paga bilhete. 

Não somos bufos, não aceitamos que nos venham culpabilizar pela degradação dos transportes “públicos” e sabemos bem que:

- O preço dos transportes aumentou em cerca de 25% nos últimos 3 anos;
- Há cada vez menos carreiras e comboios e o tempo de espera é superior;
- Os administradores das empresas de transportes têm salários milionários;
- Nas horas de ponta os comboios vão apinhados e as pessoas são obrigadas a viajar sem condições; 
- As paragens das carreiras não são abrigadas e muitas estações não são acessíveis a pessoas com dificuldades de mobilidade;
- As empresas de transportes despediram 37% dos trabalhadores em 10 anos;
- A maior parte dos prejuízos destas empresas deve-se ao pagamento de juros aos bancos;
- As multas para quem não paga bilhete são exorbitantes e agora cobradas pelas Finanças;
- Há mais de 1 milhão e 500 mil desempregados em Portugal e 25% da população vive no limiar da pobreza.

Fraude é os administradores das empresas de transportes comprarem carrinhos novos no valor de milhões e culpabilizarem os trabalhadores e os utentes pelo péssimo serviço que é prestado. Fraude é termos de pagar por um serviço que já está pago com os nossos impostos e devia ser gratuito. Fraude é haver cada vez mais pessoas obrigadas a sobreviver na miséria enquanto os ricos estão cada vez mais ricos.

Todos têm o direito a poder deslocar-se livremente pela cidade, usando os transportes públicos, sem serem multados, perseguidos pelos fiscais e polícia e agora ainda ridicularizados com campanhas destas, a fazer lembrar a PIDE de outros tempos...

Exigimos respeito! Exigimos melhores transportes públicos e gratuitos!

Unidos e auto-organizados, nós damos-lhes a crise!


Associação Internacional dos Trabalhadores – Secção Portuguesa
Núcleo de Lisboa

terça-feira, 4 de março de 2014

Guerra à guerra! Nem uma única gota de sangue pela “nação”!

Declaração internacionalista contra a guerra na Ucrânia



A luta pelo poder entre os clãs oligárquicos na Ucrânia ameaça transformar-se num conflito armado internacional. O capitalismo russo pretende utilizar a recomposição do poder no Estado Ucraniano de maneira a satisfazer as suas aspirações imperiais e expansionistas de longa data sobre a Crimeia e o leste da Ucrânia, onde detém fortes interesses económicos, financeiros e políticos.

Prevendo a próxima crise económica iminente, o regime tenta alimentar o nacionalismo russo para desviar a atenção dos problemas socio-económicos da classe trabalhadora que estão em crescimento: salários e pensões de miséria, o desmantelamento dos serviços de saúde existentes, a educação e outros sectores da área social. Com a explosão da retórica nacionalista e militante é mais fácil concluir a construção de um Estado autoritário e corporativo assente em valores conservadores reaccionários e em políticas repressivas.

domingo, 2 de março de 2014

Solidariedade Internacional contra o Banco Santander!


Concentração de solidariedade contra o despedimento pelo Isban-Santander de Madrid, do delegado da secção sindical da AIT em Espanha, a CNT.


Dia 5 de Março - 11:00
Banco Santander no Campo Pequeno em Lisboa

O despedimento foi feito depois de ser fundada uma secção sindical no Isban-Santander, e é evidente que o verdadeiro propósito deste despedimento foi a destruição de qualquer tipo de actividade sindical independente no Isban e, em especial, de qualquer tipo de resistência contra as práticas anti-sociais de "outsourcing".

Sejamos solidários com esta luta pois apenas a solidariedade e o apoio mútuo entre os trabalhadores de todo o mundo poderão fazer frente à exploração de que todos somos alv
o.

Readmissão imediata do companheiro despedido!


AIT-SP – Núcleo de Lisboa

sábado, 1 de março de 2014

A Bósnia é o nosso futuro (comunicado da Secção Sérvia da AIT)


A intensificação da revolta social nos Balcãs é uma das fracturas que se estão a verificar no sistema global capitalista. Há alguns anos atrás, começou na Grécia uma nova fase de conflito entre os trabalhadores e a classe dominante – revoltas em massa, protestos e greves gerais. A classe operária da Eslovénia foi a seguinte a sair às ruas. Seguiu-se o povo da Turquia , com protestos de mais de um milhão de manifestantes. Depois, os protestos dos trabalhadores da Bulgária e da Roménia ameaçaram os sistemas desses países. Mais recentemente, uma revolta explodiu na Bósnia Herzegovina, a área dos Balcãs em que as fracturas no sistema e a sua podridão são mais visíveis.

A actual  BósniaHerzegovina (BH) – o local onde se deu o capítulo mais sangrento na dissolução da Iugoslávia – é uma criação colonial monstruosa, formada de maneira a melhor servir os interesses das forças imperialistas e dos criminosos nacionalistas locais. Este Estado foi criado com o objectivo de servir os interesses dos ricos e a única coisa que o povo tem garantida é a contínua catástrofe – o despedimento de trabalhadores, de todas as nacionalidades, e o roubo dos seus bens. Durante anos eles estiveram cegos pelo nacionalismo alimentado pelos imperialistas, pelos capitalistas, e pelos clérigos de todos os credos, pelos magnatas, pelos seus meios de comunicação e pelos seus apaniguados. Não é surpresa que essas longas e escuras décadas de repressão tenham produzido esta resposta excepcionalmente feroz. Agora não resta qualquer dúvida de que as classes trabalhadoras da BH perceberam, mais uma vez, quem é que é o verdadeiro inimigo.