domingo, 23 de fevereiro de 2014

Solidariedade com Ángel! OHL reprime e despede!



No passado dia 9 de Outubro de 2013, a empresa OHL - OBRASCÓN HUARTE LAIN, S.A, decidiu despedir Ángel Elena que trabalhava na empresa há 10 anos, com o falso argumento de baixa produtividade.

Após uma reunião com o sindicato, o departamento de recursos humanos da empresa pretende encerrar o assunto pagando a indemnização a Ángel, mas a sua posição é a de não aceitar outra solução, a não ser a sua readmissão.

De ressaltar que poucas semanas após o seu despedimento começou a greve de limpeza em Madrid, na qual a OHL e outras empresas de subcontratação ameaçavam com o despedimento de 1 400 trabalhadores e a redução dos salários dos restantes em 40%, congelando os salários para os próximos 4 anos e destruindo as vagas de trabalho que surgem com as aposentações. Entretanto, na OHL foram despedidos outros 20 trabalhadores e a prática continua nas outras empresas.

Perante esta situação, apelamos à vossa solidariedade e ao envio de cartas de protesto exigindo a readmissão de Ángel Elena!

Mais informação: http://sovmadrid.cnt.es/

Contactos da OHL para o envio de cartas de protesto:

OHL - OBRASCÓN HUARTE LAIN, S.A.
Sede: Torre Espacio Paseo de la Castellana, 259-D. 28046 Madrid.
Fax: +34 91 348 44 63
Email: info@ohl.es

Exigimos a readmissão imediata de Ángel Elena!

Associação Internacional dos Trabalhadores
Secção Portuguesa - Núcleo de Lisboa

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Sobre os acontecimentos actuais na Ucrânia

Na Ucrânia, neste momento, está a haver uma luta pelo poder. Nestes acontecimentos têm participado muitos elementos da classe operária, cujos interesses não estão protegidos nem pelo estado nem pelo capital, assim como aqueles cuja situação material é, em geral, dramática, na esperança de que haja uma mudança que assegure um futuro melhor.

Lutar, protestar, fazer greve são reacções normais e positivas contra um sistema injusto e opressivo. A nossa solidariedade está com os trabalhadores e contra todos aqueles que os exploram, governam e confundem, tomando o poder e o controlo das questões que realmente afectam as suas vidas. Não obstante, é difícil não nos darmos conta que estes protestos se resumem a uma luta de poder entre diferentes grupos da burguesia, governantes e aspirantes a governantes, que não vão trazer qualquer benefício às pessoas, mas apenas mudar o nome das camarilhas que governam com o único objectivo de dirigir as vantagens de estar no governo para novos bolsos.

Denunciamos rotundamente a repressão e a violência utilizadas, mas fica claro que não podemos apoiar nenhum dos principais interesses de poder. Estamos igualmente contra o regime repressivo de Yanukovich e contra as principais tendências da “oposição”, que vão desde os euro-entusiastas, que acreditam inocentemente nos mitos neo-liberais, até aos nacionalistas e inclusive grupos fascistóides.

Os governos da União Europeia, apresentados como um tipo de “solução” por parte de alguns ucranianos, podem ser tão repressivos como o de Yanukovich e, como sabem os trabalhadores desses países, não é nada que dê garantias dum nível de vida melhor. Muitas das suas realidade são exactamente o contrário.

O que faz falta é um movimento que combata, ao mesmo tempo, as duas causas principais da miséria e da repressão: o estado e o capital. Fazemos um apelo a todos os trabalhadores e organizações libertárias da Ucrânia para que não se deixem utilizar como peões nem como idiotas úteis pelas principais facções, que convoquem assembleias de massas e criem palavras de ordem e objectivos alternativos para as suas lutas.

Viva a luta até à revolução social libertária!

Secretariado da Associação Internacional de Trabalhadores

Varsóvia, 26 de Janeiro de 2014.


Comunicado do Secretariado da AIT, tradução do Portal Anarquista