sábado, 25 de agosto de 2012

Acampamento Libertário / Alternativo 2012 - 7,8,9 Setembro – Queiva, Lugar da Azenha / Campo – VALONGO


Organização: AIT- SP / SOV Porto + TERRA VIVA!AES

Apoios: A.R.C.A. (Assoc. Recreativa Cultural da Azenha) e eventualmente outros colectivos ou indivíduos.

I - Objectivo/s:

a) Sensibilização geral para a defesa do local e das zonas protegidas envolventes (Parque Paleozoico de Valongo, Biotopo Corine – parte da Rede Natura 2000 ) contra as ameaças de construção de uma mini- hídrica imposta pelo governo central – entre outras ameaças anti- ecológicas locais;

b) Promover o convívio e reforçar laços entre pessoas e coletivos de sensibilidade libertária/alternativa socialmente intervenientes

c) Promover a ligação com a população local e apoiar as suas reivindicações sociais/ambientais

d) Divulgar ideias, práticas e linhas gerais de intervenção libertária em geral e anarco- sindicalistas em particular

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Companheira da CNT em greve de fome

Desde o dia 7 de Agosto que María Jesús Vila Calviño, uma companheira do sindicato anarco-sindicalista espanhol CNT, se encontra em greve de fome indefinida não apenas para protestar pela sua situação desesperante (desempregada, sem receber subsídio ou qualquer tipo de ajuda económica e sem casa por não poder pagar a renda) mas também pela de tantas pessoas que se encontram nas mesmas condições. María Jesús, conhecida por Chus, instalou-se em frente ao Edifício da Delegação do Governo de Puerto Cabras, em Fuerteventura (nas ilhas Canárias) onde reside, e lá permanece dia e noite, com o apoio de vários amigos e pessoas solidárias.

A companheira que não desiste até conseguir uma existência digna afirma que a sua decisão “é necessária como medida de pressão” para obter a mudança “radical” na política social exercida pelo governo que, segundo ela, “ainda não entendeu” que os números divulgados pelos meios de comunicação são pessoas, acrescentando que “se nos deixam morrer de fome pelas ruas, então que nos vejam”.

Entretanto, outro companheiro, Xabier Ocaña Casanova, em condições semelhantes à de Chus juntou-se solidariamente à greve de fome.

Façamos também nós sentir a Chus que não está sozinha porque a sua luta é a de todos aqueles que lutam por um mundo melhor.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

SOLIDARIEDADE ACTIVA com @s Trabalhadoras/es da BOULANGERIE DE PARIS-PORTO

Há duas vias diferentes frente à ameaça de encerramento das empresas:

Em 2004, as cerca de 90 trabalhadoras da fábrica de confeções “Afonsinho”, em Arcos de Valdevez, perante a ameaça dos patrões alemães de deslocalização da fábrica para outro país de mão de obra mais barata, ocuparam a fábrica não deixando sair nem mercadoria nem maquinaria e matérias primas, trabalharam em autogestão durante seis meses e passado quatro anos recuperaram a empresa.

Também desde há vários anos, em países como a Argentina e o Brasil, as experiências de autogestão pelos próprios trabalhadores de empresas, ameaçadas de encerramento pelos patrões, se sucedem (“Disco d’Oro” e outras). Em Espanha a CNT (confederação sindical anarco-sindicalista) juntamente com o criado Instituto de Ciências Económicas e da Autogestão , apoia as tentativas de alargamento das experiências deste tipo frente à onda de encerramentos fraudulentos de empresas pelo patronato.

Em Março passado trabalhadores da empresa Cerâmica de Valadares, em Gaia, ocuparam a empresa contra os salários em atraso pela entidade patronal. Com essa ocupação conseguiram na altura que a maior parte dos salários fossem pagos pelos patrões, suspenderam a ocupação e retomaram o trabalho. Pouco tempo depois o patronato decretou o Lay-off e hoje estão em casa sem trabalho.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

A única forma de sobreviver é derrubando este sistema

Saudamos todos aqueles e aquelas que se recusam a continuar a assistir em silêncio a este ataque interminável contra as nossas condições de existência e se dispõem a lutar.

Repudiamos absolutamente mais esta pirueta cínica da lei laboral, feita, como todas as anteriores, com o propósito único de nos enfraquecer e roubar. Não podendo atacar directamente os salários nominais e contando apenas com a pressão causada pelo desemprego para os fazer baixar, a classe dominante volta-se para as horas extraordinárias, procura anular os contratos colectivos de trabalho, corta no número de feriados, tornando-os em dias de trabalho oferecidos gratuitamente ao patrão, corta ainda nas indemnizações para tornar menos dispendioso o despedimento, alargando uma vez mais o leque das razões para despedir.

Código do Trabalho: mais uma revisão… ...para encher os bolsos ao patrão!

Entrou em vigor no dia 1 de Agosto mais um conjunto de alterações ao Código do Trabalho. Desde 2003, esta é, pelo menos, a quinta revisão do Código do Trabalho e a segunda só no último ano. O objectivo é claro: dar mais regalias aos patrões, à custa de reduzir os direitos e as remunerações dos trabalhadores. Trata-se de mais um passo no longo processo de degradação das condições de vida dos trabalhadores em benefício da acumulação de riqueza por uma minoria de exploradores.

Eis as principais alterações às leis do trabalho:

- Eliminação de quatro dias feriados (a partir de 2013) e do bónus de três dias de férias por assiduidade, ou seja, mais 7 dias por ano de trabalho para a entidade patronal sem acréscimo salarial.

- Diminuição para metade do acréscimo pago pelo trabalho extraordinário: passa dos anteriores 50% para 25% na primeira hora e de 75% para 37,5% nas horas seguintes.

- Diminuição para metade do acréscimo salarial pago pelo trabalho em dia de descanso semanal ou feriado (de 100% passa para 50%) e do período de descanso compensatório (passa da totalidade para metade das horas trabalhadas).