quinta-feira, 29 de março de 2012

Acção Internacional de Luta Contra o Capitalismo

31 de Março (Sábado), 15 horas
Praça do Chile (Metro Arroios)

AIT-SP

Viva a luta dos trabalhadores – em Portugal , em Espanha, e em toda a parte!

Hoje, 29 de Março, os trabalhadores espanhóis desencadeiam uma Greve Geral contra os cortes sociais e a reforma laboral aprovada pelo governo. A Secção Portuguesa da Associação Internacional dos Trabalhadores declara a sua solidariedade e o seu apoio total para com a luta dos trabalhadores do país vizinho. Em toda a parte, a classe dominante tenta transferir para a classe trabalhadora os custos da crise do capitalismo, com cortes sociais e laborais. Em toda a parte, pretende-se fragilizar a classe trabalhadora e aumentar a exploração a que esta é sujeita. Em toda a parte, a classe trabalhadora deve erguer-se e resistir.

Um ataque contra um de nós diz-nos respeito a todos. Cada vez mais, o capitalismo ignora as fronteiras nacionais e extravasa-as. Sempre que a classe trabalhadora de um país sofre uma derrota, o capitalismo triunfante utiliza essa vitória para submeter as restantes. Que trabalhador ou trabalhadora não conhece a chantagem das deslocalizações, e quantos não a sentiram já na pele? Quantas vezes as medidas de austeridade e os cortes sociais aplicados num país não vão servir de balão de ensaio para o que será aplicado a seguir noutros? Se um trabalhador for forçado pelo Capital a mais baixos salários e piores condições de trabalho, haverão consequências disso para os restantes. Pela força de ser das coisas, um trabalhador que luta, seja onde for, não luta apenas por si mesmo, mas pela totalidade da classe trabalhadora.

quarta-feira, 28 de março de 2012

A CNT (Espanha) convoca uma Greve Geral para 29 de Março

Contra a reforma da lei laboral, os cortes, e os ataques contra a classe trabalhadora.

A CNT rejeita qualquer negociação sobre direitos conquistados e exige a revogação da Reforma Laboral.

O Comité Confederal da CNT decidiu convocar uma Greve Geral de 24 horas para o dia 29 de Março, ampliando assim a convocatória já efectuada na Galiza e em Euskadi, convocatória essa que será formalizada nos próximos dias.

A CNT rejeita quaisquer negociações sobre os direitos conquistados pela classe trabalhadora em anos de luta, pelo que convoca esta greve com o objectivo prioritário de fazer revogar imediatamente a reforma laboral aprovada ontem pelo Parlamento, que considera como uma agressão frontal aos direitos e às condições de vida da classe trabalhadora e uma continuação das medidas tomadas pelo anterior governo, tais como a reforma laboral de 2010, a redução de salários na função pública, ou os cortes nas pensões e serviços públicos que o actual governo está a aprofundar.

A CNT exige que se ponha termo a uma política económica concebida para fazer com que os trabalhadores paguem pela crise dos bancos e dos patrões, que conduziu a um número intolerável de desempregados e dsempregadas que não para de aumentar, e ao empobrecimento e agravamento das condições de vida da classe trabalhadora.

A CNT também convoca esta greve contra os cortes, na véspera da aprovação de um Orçamento de Estado onde se concretiza um ataque brutal contra os serviços públicos e os direitos sociais.

AIT – Dias de Acção para 29, 30 e 31 de Março

A Associação Internacional dos Trabalhadores vai organizar Dias de Acção a 29, 30 e 31 de Março. Estas acções serão internacionais e dirigidas contra as medidas de austeridade capitalistas, a exploração e a opressão, incidindo sobre problemas locais, regionais e globais, conflitos de trabalho, etc.

As acções da AIT vão coincidir com a Greve Geral espanhola de 29 de Março. A CNT-AIT fez uma convocatória para a Greve Geral, e as restantes Secções e Secretariado da AIT irão demonstrar a sua solidariedade para com a sua congénere espanhola.

Para já, recebemos informação sobre a participação nos dias de acção da AIT provenientes de: ZSP (Polónia), SF (Grã-Bretanha), sindicatos da CNT-F (França), KRAS (Rússia), AIT-SP (Portugal), e NSF (Noruega). Os dias de acção da AIT também vão coincidir com o Dia Europeu de Acção Contra o Capitalismo, a 31 de Março, organizado em parte pela FAU (Alemanha), USI-AIT (Itália) e CNT-E (Espanha).

A Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT), está convencida de que os trabalhadores devem lutar contra as medidas de austeridade capitalistas, a exploração e a opressão, recorrendo às armas da Acção Directa e da Solidariedade Internacional. As Secções da AIT são organizadas pelos próprios trabalhadores, não têm “funcionários” pagos, não praticam a colaboração de classes e não recebem subsidios dos capitalistas e do Estado.

Os trabalhadores nunca serão verdadeiramente livres da exploração e da opressão até que os trabalhadores de todo o mundo se organizem e lutem para substituir o capitalismo actual por um sistema gerido pelos próprios trabalhadores e que lhes proporcione uma liberdade económica e social real!

Vivam a AIT e o anarco-sindicalismo!

Oslo, 12 de Março de 2012
Secretariado da AIT

http://iwa-ait.org/?q=node/197

segunda-feira, 26 de março de 2012

Greves e manifestações são necessárias, mas não bastam: auto-organização e acção directa!

As greves são necessárias, mas não suficientes. Causam, como deve ser o propósito de qualquer greve, dano económico ao Capital, mas, desta feita, não de molde a forçá-lo a mudar de rumo. Seja pela gravidade do que está em jogo, seja pela sua natureza limitada, nenhuma Greve Geral conseguirá forçar o Capital e o seu Estado a afrouxarem o garrote que colocaram em torno da nossa garganta. Pelo contrário, é de esperar que o nó se aperte cada vez mais.

À nossa espera estão mais cortes sociais, mais desemprego, mais pobreza, mais opressão. Tudo o que fomos conseguindo conquistar a pulso vai-nos sendo retirado: saúde, educação, reforma, protecção social. Sobem os impostos, modifica-se (outra vez) a lei das rendas para favorecer os senhorios, sobem as taxas moderadoras nos hospitais, aumentam-se os passes sociais, diminuem-se os períodos de atribuição do subsídio de desemprego. O Código do Trabalho é refeito pela enésima vez para nos tornar mais precários e mais vulneráveis, como os patrões desejam. Querem-nos calados e obedientes, mas vão consegui-lo?

As grandes manifestações são necessárias. Quebram o mito de uma classe trabalhadora resignada diante desta «ascensão lenta de um calvário» que lhe propõem de novo. Sim, temos mesmo que sair à rua, para falarmos entre nós, conhecermos-nos, discutirmos os nossos problemas comuns, propormos soluções e agirmos em conjunto. Mas de pouco nos havia de servir «fazermos-nos ouvir» pelo conjunto de capatazes dos nossos exploradores que é o Governo! Pela sua própria posição, só teria que nos ignorar e seguir em frente, porque esta crise e este défice são para combater da mesma forma que todos os anteriores: às custas das nossas condições de existência.

terça-feira, 20 de março de 2012

22 Março – GREVE GERAL: a sério só com OCUPAÇÃO das EMPRESAS, das RUAS e das PRAÇAS!

“A libertação d@s trabalhadoras/es só pode ser obra d@s própri@s” – e não de presidentes, ministros e deputados - ou não será libertação nenhuma!… (Máxima da antiga CGT -Confederação Geral do Trabalho portuguesa, anarco-sindicalista, destruída pelo fascismo salazarista nos anos 30 e 40 e hoje também o lema da AIT-SP (Associação Internacional d@s Trabalhadoras/es – Secção Portuguesa).

Qualquer PARTIDO não fará mais do que substituir um governo por outro! E os governos, mesmo que constituídos por ditos “representantes” do povo… GOVERNAM-SE A ELES! Porque os REPRESENTANTES dos trabalhadores NÃO SÃO OS PRÓPRIOS TRABALHADORES e quando sem o controlo pela MAIORIA do povo, em ASSEMBLEIAS LOCAIS, tenderão sempre a acumular privilégios, a afastar-se do povo e a transformar-se em novos burgueses burocratas!

Quase 50 anos de fascismo salazarista (1926 a 1974) e quase 40 de “democracia representativa” (1974 a 2012) chegam-nos para ver como alguns “representam” bem no pior dos teatros: o da MENTIRA e DA ROUBALHEIRA legal em que tanto o parlamento, como os vários parlamentosinhos locais (assembleias municipais e de freguesia) se transformaram!

Hoje, só a DEMOCRACIA DIRECTA dos trabalhadores e do povo, como chegou a funcionar logo após o 25 de Abril de 74, em ASSEMBLEIAS SOBERANAS em empresas e bairros, poderá evitar, que quaisquer representantes eleitos se corrompam e possam ser então imediatamente revogáveis e substituídos por outros, se a maioria assim o entender, não se podendo colocar acima dos que os escolheram para qualquer tarefa , mas sim sendo apenas PORTA VOZES e APLICADORES da vontade de todos!...