quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

A repressão não vai parar a nossa revolta!

Face às notícias que têm vindo a público, através das redes sociais e da imprensa, sobre a notificação e constituição como arguidas, pelo Departamento de Investigação e Acção Penal, de várias pessoas que terão participado na manifestação da Greve Geral de 14 de Novembro de 2012 em frente à Assembleia da República, o Núcleo de Lisboa da AIT-SP não pode deixar de manifestar a sua inequívoca solidariedade com os visados por mais esta campanha repressiva.

Através do que tem sido publicado, é possível concluir que as autoridades policiais e judiciais vêm conduzindo uma actividade notória de perseguição ideológica, com referenciação de pessoas que participam em manifestações e recolha de informação sobre as mesmas, destinada a amedrontar quem se recusa a conformar-se com este estado de coisas.

Obviamente, não é com repressão que esta gente, que ganha a vida com a miséria dos outros, vai conseguir parar a nossa revolta. É necessário que nos mantenhamos mobilizados para apoiar quem vier a ser alvo de processos judiciais por participação em manifestações e movimentos sociais. Não estamos sozinhos, nem nas manifestações, nem fora delas.

Solidariedade!

Associação Internacional dos Trabalhadores - Secção Portuguesa
Núcleo de Lisboa

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Conferência “AIT e Anarco-sindicalismo: alternativa atual e raízes históricas”

José Rocha Paiva, da Associação Internacional de Trabalhadores - Secção Portuguesa (AIT-SP), profere, dia 6 de dezembro, às 14H30, no anfiteatro 7.22 da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da UBI, a conferência “AIT e Anarco-sindicalismo: alternativa atual e raízes históricas”.

A génese ideológica do anarco-sindicalismo, a história do mesmo em Portugal e seu impacto, o percurso histórico da AIT e as perspetivas futuras são os temas a tratar na iniciativa organizada pelo Grupo de Estudos Políticos da UBI.
 
Entrada livre.

Mais informação em: https://www.ubi.pt/Noticia.aspx?id=3220

Informe sobre a Plenária da AIT em Modena 23-25 de Novembro e o Centenário da USI-AIT

Delegados do Brasil, França, Grã-Bretanha, Itália, Noruega, Polónia, Portugal, Sérvia, Eslováquia, e de Espanha como observadores, estiveram presentes em Modena e a Plenária foi excelentemente organizada pela USI-AIT. Sábado à noite celebrou-se o Centenário da USI-AIT com uma manifestação, discursos e vários eventos à noite, uma vez que Modena é o sítio em que foi fundada a USI há cem anos. Tanto a Plenária como o Centenário realizaram-se num espírito de grande companheirismo!

No período decorrido desde a última Plenária da AIT em Varsóvia, no final de Outubro de 2011 até à Plenária de Modena, não houve apenas medidas de austeridade e cortes, mas também uma campanha ideológica contra os trabalhadores. Esta campanha tenta convencer os trabalhadores que a austeridade e a crise é “culpa deles” e não da especulação incansável e da desregulamentação da economia global. A “solução” dos estados e dos capitalistas passa por obrigar os trabalhadores a aceitarem o que eles chamam de “lógica de mercado” e as medidas de austeridade e os ataques são apresentados como necessidades “financeiras” e “leis”.

Os websites das Secções, o website da AIT e o Boletim Externo da AIT mostram que a AIT e as suas Secções e Amigos aumentam dia após dia as mobilizações, a presença, as actividades e as acções directas: nestes onze meses deste a última Plenária tiveram lugar Dias de Acção da AIT contra as medidas de austeridade, contra a exploração e opressão durante 29 a 31 de Março, uma Greve Geral em Espanha no dia 29 de Março e uma Greve Geral em Espanha e Portugal, etc. no dia 14 de Novembro que foram apoiadas pelas Secções, como também muitas outras ações de apoio urgente para conflitos laborais.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Sobre a carga policial em São Bento

No dia 14 de Novembro, na maior manifestação em dia de greve geral, os chefes da polícia, o ministro da administração interna e outros políticos tentaram justificar a carga policial sobre os manifestantes em São Bento, dizendo que as "forças de segurança" tinham sido muito tolerantes porque durante mais de uma hora “com serenidade e firmeza” levaram com pedras e garrafas atiradas por “meia dúzia de profissionais da provocação”.

Houve várias pessoas a atirar pedras e outros objectos ao cordão policial que defendia o Parlamento e não só eram bem mais do que meia dúzia, como muitos outros permaneceram por ali bastante tempo, sem arredar pé.

Também é verdade que houve uma carga violentíssima sobre os manifestantes, homens, mulheres, idosos, crianças, tudo o que se mexia foi varrido, atirado ao chão, ameaçado com gritos e balas de borracha. Houve ainda uma perseguição por várias ruas, onde se prenderam pessoas indiscriminadamente. Dezenas de pessoas foram identificadas sem saberem porquê. Nas esquadras não lhes foi dada a possibilidade de falar com um advogado, ir ao wc ou até de receber assistência médica.

Sobre a repressão policial temos apenas a dizer o seguinte: violência não é atirar pedras contra o corpo de intervenção, protegido com os seus fatos especiais, capacetes, escudos, cassetetes e armas. Violência não é a revolta de quem trabalha e não tem dinheiro suficiente para viver, de quem nem trabalho tem e desespera à procura, de quem passa fome, dos idosos que vêem as suas pensões reduzidas, de quem não explora ninguém e vive uma vida inteira a ser explorado pelos mesmos de sempre: políticos, banqueiros e empresários. Violência não é atacar a polícia quando esta defende o sistema ao qual pertence: o Estado, esse mesmo Estado que concedeu um aumento salarial de 10% para as forças de intervenção enquanto milhares de pessoas vivem em pobreza e outros para lá caminham.

domingo, 11 de novembro de 2012

GREVE GERAL - 14 NOVEMBRO ESPANHA E PORTUGAL: OS MESMOS ROUBOS, A MESMA LUTA!

A AIT-SP e a CNT-AIT apelam conjuntamente à participação de todos os trabalhadores ibéricos, com ou sem trabalho, na greve geral de 14 de Novembro, porque em ambos os países:

- governos e patronato recorrem a medidas de austeridade com o pretexto do combate à “crise”, que são autênticos roubos e intensificação da exploração da classe trabalhadora e aos sectores da população mais fragilizados;

- os governos sobem os impostos aos trabalhadores, diminuem-lhes os salários e reduzem direitos conquistados no passado com as suas lutas;

- os governos cortam nas pensões, nos subsídios de desemprego e nos vários apoios sociais, pagos de antemão pelos trabalhadores com os seus descontos, passando-se o mesmo tanto na saúde como na educação, em benefício sempre dos mesmos: o capital financeiro e o patronato em geral;

- os bancos recebem apoio financeiro do Estado enquanto as pessoas são obrigadas a entregar as suas casas aos bancos; o desemprego atinge mais de cinco milhões de pessoas em Espanha e cerca de um milhão em Portugal e a maioria da população enfrenta diariamente uma vida de pobreza e exploração;

- a economia capitalista e o Estado favorecerão sempre o patronato e os ricos, porém são os trabalhadores os verdadeiros produtores da riqueza social.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

14 de Novembro – Mobilizações, greves gerais, acções directas e solidariedade!

Declaração do Secretariado Internacional da AIT

Os cortes austeritários sucedem-se continuamente – degradando as condições de vida dos trabalhadores, o seu objectivo é esmagar e/ou enfraquecer a sua capacidade de organização e luta. O lucro é privatizado e os ricos estão cada vez mais ricos, mas os custos, os riscos e a opressão são socializados!

O sindicato burocrático CGTP convocou uma greve geral em Portugal e os sindicatos CCOO e UGT convocaram uma greve geral em Espanha contra as medidas de austeridade para o dia 14 de Novembro. Para este mesmo dia, greves gerais estão a ser convocadas em Itália, Grécia, Malta, Chipre, etc., integradas num Dia de Acção da Confederação Europeia de Sindicatos.

A posição da AIT e das suas secções e amigos é a de que não estamos apenas contra o governo da “troika” e as medidas de austeridade, mas contra a sociedade de classes e contra um sistema económico e social fundado na exploração do trabalho assalariado e na destruição ambiental. Estamos a favor da auto-organização e da auto-emancipação e, por isso, a nossa luta processa-se fora das estruturas de colaboração de classes e dirige-se contra as mesmas.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

[Grécia] Chamada internacional de solidariedade com o caso da Luta Revolucionária para os dias 22, 23 e 24 de Novembro

A revolução social não é o passado, é antes sim o presente e o futuro do mundo.

Sobre a chamada de solidariedade e ação internacional

Como assembleia pelo caso da Luta Revolucionária e na sequência das ações de solidariedade com o mesmo, fazemos um apelo aberto a uma campanha de solidariedade, tanto a nível local, como internacional, para os dias 22, 23 e 24 de Novembro.

Decidimos romper com o muro de silêncio à volta do caso da Luta Revolucionária (L.R.) e demonstrar que os/as compas que se confrontam com um julgamento não estão sós, que o caso L.R. é o caso de todos/as nós e que está relacionado com a essência da luta em si mesma.
Convocamos, pois, os/as companheiros/as de todo o mundo a acionar e enviar a sua própria mensagem de Solidariedade e Luta.

O nosso objetivo é a ampliação das resistências dinâmicas com uma perspetiva revolucionária. A nossa meta é ampliar a luta pela subversão do existente, demonstrando a sua necessidade histórica e o significado que tem no presente, enquanto mostramos Solidariedade de facto com os/as companheiros/as que estão em julgamento.

O apelo internacional para três dias de solidariedade, contra-informação e ação pelo caso da L.R. é parte e continuação da guerra social e de classes pela subversão e Revolução. É justamente aí que se situa e se concebe historicamente, no seu todo, o caso da Luta Revolucionária.

domingo, 4 de novembro de 2012

BASTA! Suicidem-se ELE$! (que nós ajudamos!...)


Não vêm nas páginas dos jornais nem nos noticiários televisivos, mas uma simples conversa com alguém do INEM revela que quase todas as semanas têm havido SUICÍDIOS nas várias pontes do Porto… Assim, voluntariamente, vão desaparecendo das estatísticas da chamada segurança social e do instituto de emprego muitxs dos mais atingidos pela “crise”: desempregadxs, reformadxs, sem-abrigo, falidos - e o desaparecimento dos pobres agrada sempre aos governante$!

Perante isto AS MANIFESTAÇÕES DE PROTESTO E AS CONCENTRAÇÕES, mesmo que sejam algo mais que algo para dar escape à revolta e à indignação, JÁ NÃO BASTAM… Elas são autorizadas e devidamente recuperadas pelos poderes políticos e económicos (ou por quem a eles quer trepar), sobretudo se depois delas fica tudo na mesma como antes!

Para RESISTIRMOS a este$ GATUNOS FILHOS DA PUTA, além de ocuparmos as ruas e as praças, teremos de nos ORGANIZAR para OCUPAR e TOMAR aquilo que é afinal do povo e que permita VIVER: FÁBRICAS, OFICINAS, EMPRESAS, TERRENOS, CASAS, HOSPITAIS, ESCOLAS - recusando o seu encerramento e pondo-as a funcionar em AUTOGESTÃO (gestão dxs próprios trabalhadores/as) como já acontece em Espanha, na Grécia, e noutros países, através de ASSEMBLEIAS SOBERANAS, funcionando em DEMOCRACIA DIRECTA, - porque a actual “representativa” já sabemos que só favorece sempre @s mesm@s!

NEM EMIGRAR, NEM SE SUICIDAR! (AUTO-)ORGANIZAR-SE E LUTAR!

UNID@S E AUTO-ORGANIZAD@S NÓS DAMOS-LHES A CRISE!

AIT-SP /SOV-Porto

Porto, 15 de Set. 2012

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

O ataque contra as nossas condições de vida radicaliza-se! A nossa resistência também!

O Cerco a S. Bento do passado 15 de Outubro revelou-se como mais um episódio da crescente radicalização da resistência contra o ataque do Estado e do Capital contra as nossas condições de vida, sob a forma das chamadas medidas de austeridade.



Por demasiado tempo, os trabalhadores e demais explorados e marginalizados deste país sofreram em silêncio esta guerra social sem escrúpulos que nos é movida pela classe dirigente e exploradora. As manifestações do último mês e mesmo alguns movimentos grevistas dos últimos tempos, ainda que plenos de contradições, demonstraram que o desespero levou muitos de nós a perderem o medo e que o ambiente de revolta é generalizado. E é tal a heterogeneidade dos manifestantes e das suas formas de protesto, que se tornaram risíveis quaisquer tentativas das autoridades e de certa imprensa em colar a responsabilidade pelos actos “radicais” a minorias anarquistas.

Enquanto anarco-sindicalistas, estamos com todos aqueles que resolveram tomar a luta nas suas mãos, rejeitando qualquer mediação partidária ou sindical dos que nos dizem representar, mas sempre nos traem em troco de benesses ou posições de poder.

Rejeitamos em absoluto qualquer posição nacionalista ou autoritária no seio deste movimento. A nossa luta é a luta de todos os que são explorados e oprimidos em todo o mundo contra os que nos exploram e oprimem em todo o mundo.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Anarco-sindicalismo na Grã-Bretanha - - Conversa com um membro da Solidarity Federation, secção britânica da AIT




Dia 4 de Outubro (5ª feira) – 20h


no Centro de Cultura Libertária
R. Cândido dos Reis, 121, 1º Dto. – Cacilhas

Associação Internacional de Trabalhadores – Secção Portuguesa
Núcleo de Lisboa

sábado, 15 de setembro de 2012

Basta de apertar o cinto! É hora de cerrar os punhos!

Saudamos todos aqueles e aquelas que se recusam a continuar a assistir em silêncio a este ataque interminável contra as nossas condições de existência e se dispõem a lutar.

Repudiamos absolutamente mais esta ofensiva, anunciada um mês depois de mais uma pirueta cínica da lei laboral, feita, como todas as anteriores, com o propósito único de nos enfraquecer e roubar.

Não podemos continuar a aceitar passivamente o nosso empobrecimento, para que uma pequena elite continue a ter lucros fabulosos. Apesar de nos apresentarem estas medidas de austeridade como inevitáveis, é possível pôr o pé no travão e dizer basta!

De pouco adiantarão manifestações e passeatas pontuais ou greves bem comportadas de um só dia. O Estado sabe muito bem o que anda a fazer e porquê. É preciso rasgar o velho fetiche absurdo da democracia e da «vontade popular». O Governo – este ou qualquer outro – não depende de nós, mas da classe dominante que nos explora e, confrontada com esta crise, sabe que terá que extorquir-nos cada vez mais trabalho a troco de cada vez menos salário.

sábado, 25 de agosto de 2012

Acampamento Libertário / Alternativo 2012 - 7,8,9 Setembro – Queiva, Lugar da Azenha / Campo – VALONGO


Organização: AIT- SP / SOV Porto + TERRA VIVA!AES

Apoios: A.R.C.A. (Assoc. Recreativa Cultural da Azenha) e eventualmente outros colectivos ou indivíduos.

I - Objectivo/s:

a) Sensibilização geral para a defesa do local e das zonas protegidas envolventes (Parque Paleozoico de Valongo, Biotopo Corine – parte da Rede Natura 2000 ) contra as ameaças de construção de uma mini- hídrica imposta pelo governo central – entre outras ameaças anti- ecológicas locais;

b) Promover o convívio e reforçar laços entre pessoas e coletivos de sensibilidade libertária/alternativa socialmente intervenientes

c) Promover a ligação com a população local e apoiar as suas reivindicações sociais/ambientais

d) Divulgar ideias, práticas e linhas gerais de intervenção libertária em geral e anarco- sindicalistas em particular

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Companheira da CNT em greve de fome

Desde o dia 7 de Agosto que María Jesús Vila Calviño, uma companheira do sindicato anarco-sindicalista espanhol CNT, se encontra em greve de fome indefinida não apenas para protestar pela sua situação desesperante (desempregada, sem receber subsídio ou qualquer tipo de ajuda económica e sem casa por não poder pagar a renda) mas também pela de tantas pessoas que se encontram nas mesmas condições. María Jesús, conhecida por Chus, instalou-se em frente ao Edifício da Delegação do Governo de Puerto Cabras, em Fuerteventura (nas ilhas Canárias) onde reside, e lá permanece dia e noite, com o apoio de vários amigos e pessoas solidárias.

A companheira que não desiste até conseguir uma existência digna afirma que a sua decisão “é necessária como medida de pressão” para obter a mudança “radical” na política social exercida pelo governo que, segundo ela, “ainda não entendeu” que os números divulgados pelos meios de comunicação são pessoas, acrescentando que “se nos deixam morrer de fome pelas ruas, então que nos vejam”.

Entretanto, outro companheiro, Xabier Ocaña Casanova, em condições semelhantes à de Chus juntou-se solidariamente à greve de fome.

Façamos também nós sentir a Chus que não está sozinha porque a sua luta é a de todos aqueles que lutam por um mundo melhor.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

SOLIDARIEDADE ACTIVA com @s Trabalhadoras/es da BOULANGERIE DE PARIS-PORTO

Há duas vias diferentes frente à ameaça de encerramento das empresas:

Em 2004, as cerca de 90 trabalhadoras da fábrica de confeções “Afonsinho”, em Arcos de Valdevez, perante a ameaça dos patrões alemães de deslocalização da fábrica para outro país de mão de obra mais barata, ocuparam a fábrica não deixando sair nem mercadoria nem maquinaria e matérias primas, trabalharam em autogestão durante seis meses e passado quatro anos recuperaram a empresa.

Também desde há vários anos, em países como a Argentina e o Brasil, as experiências de autogestão pelos próprios trabalhadores de empresas, ameaçadas de encerramento pelos patrões, se sucedem (“Disco d’Oro” e outras). Em Espanha a CNT (confederação sindical anarco-sindicalista) juntamente com o criado Instituto de Ciências Económicas e da Autogestão , apoia as tentativas de alargamento das experiências deste tipo frente à onda de encerramentos fraudulentos de empresas pelo patronato.

Em Março passado trabalhadores da empresa Cerâmica de Valadares, em Gaia, ocuparam a empresa contra os salários em atraso pela entidade patronal. Com essa ocupação conseguiram na altura que a maior parte dos salários fossem pagos pelos patrões, suspenderam a ocupação e retomaram o trabalho. Pouco tempo depois o patronato decretou o Lay-off e hoje estão em casa sem trabalho.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

A única forma de sobreviver é derrubando este sistema

Saudamos todos aqueles e aquelas que se recusam a continuar a assistir em silêncio a este ataque interminável contra as nossas condições de existência e se dispõem a lutar.

Repudiamos absolutamente mais esta pirueta cínica da lei laboral, feita, como todas as anteriores, com o propósito único de nos enfraquecer e roubar. Não podendo atacar directamente os salários nominais e contando apenas com a pressão causada pelo desemprego para os fazer baixar, a classe dominante volta-se para as horas extraordinárias, procura anular os contratos colectivos de trabalho, corta no número de feriados, tornando-os em dias de trabalho oferecidos gratuitamente ao patrão, corta ainda nas indemnizações para tornar menos dispendioso o despedimento, alargando uma vez mais o leque das razões para despedir.

Código do Trabalho: mais uma revisão… ...para encher os bolsos ao patrão!

Entrou em vigor no dia 1 de Agosto mais um conjunto de alterações ao Código do Trabalho. Desde 2003, esta é, pelo menos, a quinta revisão do Código do Trabalho e a segunda só no último ano. O objectivo é claro: dar mais regalias aos patrões, à custa de reduzir os direitos e as remunerações dos trabalhadores. Trata-se de mais um passo no longo processo de degradação das condições de vida dos trabalhadores em benefício da acumulação de riqueza por uma minoria de exploradores.

Eis as principais alterações às leis do trabalho:

- Eliminação de quatro dias feriados (a partir de 2013) e do bónus de três dias de férias por assiduidade, ou seja, mais 7 dias por ano de trabalho para a entidade patronal sem acréscimo salarial.

- Diminuição para metade do acréscimo pago pelo trabalho extraordinário: passa dos anteriores 50% para 25% na primeira hora e de 75% para 37,5% nas horas seguintes.

- Diminuição para metade do acréscimo salarial pago pelo trabalho em dia de descanso semanal ou feriado (de 100% passa para 50%) e do período de descanso compensatório (passa da totalidade para metade das horas trabalhadas).

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Manifestações de apoio aos mineiros de Espanha em Lisboa e Porto

No passado dia 11 de Julho tiveram lugar, em Lisboa e no Porto, manifestações de solidariedade com a luta dos mineiros em Espanha, que permanecem em greve desde Maio em defesa dos seus postos de trabalho.

Em Lisboa, a AIT-SP convocou uma concentração para as 18 horas em frente à Embaixada de Espanha. Foram distribuídas várias centenas de comunicados informativos aos transeuntes que, apesar do bloqueio informativo, pareciam informados sobre a luta destes trabalhadores e manifestavam o seu apoio. A concentração convergiu com uma outra convocada para as 19:30 horas pela Plataforma 15 de Outubro.

No Porto, vários colectivos, entre os quais o SOV da AIT-SP nesta cidade, organizaram uma marcha entre a Praça da Batalha e o Consulado de Espanha, com a finalidade de entregar uma carta de protesto.
(Ver vídeo da marcha aqui: http://www.youtube.com/watch?v=wjZjpKx1PlU)

Em ambas as manifestações, foi entoado o hino mineiro “En el pozo Maria Luísa” e foram gritadas frases de solidariedade com os mineiros em luta.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Concentração: Solidariedade com a luta dos mineiros das Astúrias e León

Lisboa - 11 de Julho - 18h,
Embaixada de Espanha, Rua do Salitre
(Metro Avenida)


Nas Astúrias e em León os mineiros estão em greve desde o fim de Maio, em luta pela sua sobrevivência, que depende inteiramente da indústria mineira. A luta destes trabalhadores tem sido exemplar a vários níveis, não hesitando em recorrer a sabotagens, cortes de estradas, ocupações de locais de trabalho e instituições públicas e resistindo eficazmente aos ataques da polícia de choque.

Solidarizamo-nos com esta luta e com a “Marcha Negra” dos mineiros que chega no dia 11 de Julho às ruas de Madrid.

Consideramos que a luta dos mineiros é um exemplo a seguir. A verdadeira violência é exercida pelo Estado e pelo Capital e devemos resistir à mesma por todos os meios ao nosso alcance.

Associação Internacional dos Trabalhadores – Secção Portuguesa
Núcleo de Lisboa

Marcha Solidária - os mesmos passos em Madrid e no Porto

O SOV/AIT-SP em parceria com os organizadores do primeiro site abaixo indicado,  decidiu organizar uma concentração seguida de marcha até ao consolado espanhol no Porto (outros grupos, associações e sindicatos etc estão neste momento a solidarizar-se...).

Esta acção de solidariedade é também uma acção de protesto. Os problemas deles são os nossos. Se alguns internacionalizam a exploração, outros mais, como nós, internacionalizarão a luta pela justiça.

Quarta-feira, dia 11/7/12, os mineiros vindos de vários pontos do estado espanhol, marcharão sobre as ruas de Madrid.

Quarta-feira, dia 11/7/12 concentraremo-nos na praça da batalha  pelas 18h e marcharemos até ao consolado espanhol, a fim de entregar uma carta/mensagem de solidariedade.

Será igualmente entoado o hino mineiro asturiano... esparando nós que tenha eco nos corações portugueses!

A AIT/SP e o SOV do Porto agradecem a divulgação e a participação.



http://somostodosmineirosespanhois.org/
http://metalmadrid.cnt.es/
http://www.cnt.es/search/node/mineros
http://www.youtube.com/watch?feature=endscreen&NR=1&v=qE7jHFTB3tk
http://www.youtube.com/watch?v=BeSwrxxBNnk&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=6MwWO-xpjr0
http://www.youtube.com/watch?v=e1TuoLIjk_U&feature=results_main&playnext=1&list=PL1FF057E49E5AD204

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Feira do Livro Anarquista de Lisboa - 25, 26 e 27 de Maio


A 5ª Feira do Livro Anarquista terá lugar de 25 a 27 de Maio, em Lisboa, criando um espaço de debate, encontro e convívio, aberto a todos.

O objectivo é aprofundar e divulgar as ideias anarquistas, enquanto ataque real a esta sociedade exploradora, autoritária e antropocêntrica, incentivando as publicações independentes, criando espaços de discussão e de troca de ideias que possibilitem projectos alternativos e modos autónomos de vida.

Partindo de um inconformismo face a todas as formas de dominação, continuamos a promover o pensamento libertário e a rejeitar qualquer mediação política.
Acreditamos numa vivência que respeita a singularidade e as diferenças entre cada indivíduo e grupo, numa relação pacífica com a biosfera. Acreditamos que é possível pensar a realidade de uma outra forma e actuar sobre ela.

Ver Programa 


Faculdade de Belas Artes de Lisboa

Largo da Academia Nacional de Belas Artes, Lisboa - mapa.
Metro: Baixa/Chiado

Como habitual, a AIT-SP estará presente com a sua banca em mais esta edição da FLA.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Sobre a mentalidade policial que se instala

Todos conhecemos o termo «mentalidade policial». No caso do inspector Magina da Silva, responsável máximo pelo sinistro Corpo Especial de Polícia, tal mentalidade não denotaria mais do que uma deformação profissional espectável e pouco merecedora de comentários adicionais.

O que vem efectivamente causar espanto e merecer comentário são as declarações deste inspector sobre os acontecimentos de 22 de Março último. Assim, coisas que ficaram mal na fotografia, como aquele polícia que, entre todos os episódios de violência protagonizados quotidianamente por tantos colegas seus, teve o infortúnio de ter sido apanhado em flagrante a bater na jornalista com o bastão virado ao contrário, ou as inúmeras cabeças partidas que resultaram da intervenção policial no Largo do Chiado, são varridas para o seu lugar de direito, ou seja, para debaixo do tapete e, uma vez mais, iça-se, porque de outro pano não se dispõe, o esfarrapado espectro do «potencial de violência» de certos grupos de manifestantes para se justificarem derivas pidescas – ou, se quisermos tratar os bois pelos nomes e não ajudarmos a alimentar determinadas ilusões, democráticas, estatistas, autoritárias e burguesas – de controlo e repressão.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

1º de Maio de 2012

Se alguém tinha dúvidas esperamos que já não existam: os políticos  mentem-nos. Na nossa cara chamam-nos de piegas, pelas nossas costas  aprovam leis que nos proíbem de pedir reforma antecipada. Mentem-nos quando falam que os subsídios de férias e natal voltariam em 2014.  Mentem-nos, da esquerda à direita. E continuam a encher os seus bolsos  com dinheiro que deixa “buracos financeiros” que têm de ser cobertos  com o nosso suor e sangue.

 Entretanto, as centrais sindicais negoceiam com os inimigos de que forma é menos dolorosa morrer: que nos matem à fome devagarinho, ou se a polícia deveria disparar directamente na cabeça a todos os que não  respeitam o seu monopólio “revolucionário”.

 Quando lemos os jornais, ficamos com a sensação que a rua está cheia de ladrões encapuçados que se passeiam livremente enquanto nos roubam  e violam. Mas a realidade é que esses mesmos jornais pertencem aos  verdadeiros ladrões que, esses sim, se passeiam por aí de fato e  gravata impunemente e usam os polícias, pagos com o nosso dinheiro,  para impor o medo e o terror entre os que se revoltam contra a sua  ditadura democrática.

 Para o cenário ficar completo - quando nem a fome, nem a polícia, nem  as mentiras dos jornais nos conseguem controlar - entram em serviço os  fascistas, outros mercenários assassinos que, com os seus discursos  nacionalistas, patrióticos e racistas, tentam camuflar a realidade  apontando os seus dedos ensanguentados na direcção dos imigrantes,  como se eles fossem os culpados desta crise... ridículo...

 É por tudo isto, e muito mais, que é cada vez mais fundamental sair à rua, para protestar, para agir, para avançarmos. Este 1º de Maio  voltaremos a fazê-lo, pois o contrário seria pactuar com a repressão e  aceitar o medo.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Solidariedade total para com a Es.Col.A da Fontinha! Não ao despejo!

Vemos como tudo o que humaniza de alguma forma o espaço urbano e o torna reconhecível e especial , que confere à cidade a sua personalidade, a sua ambiência, o pano de fundo das memórias dos mais velhos, é deixado ao abandono ou mortificado em hotéis e espaços de consumo para os abastados. Em torno desse buraco negro de prédios antigos e belos deixados em ruínas que constitui o centro das nossas cidades, erguem-se, a grande custo e com o maior desprezo possível pela vida de quem tem por profissão construí-los, blocos disformes de betão onde apenas se descansa o corpo após mais um dia de trabalho.

Assim é o «problema urbano»: a ganância de proprietários e especuladores, que pretendem viver à custa de «fazer suar o seu dinheiro». Os prédios que são construídos para ficarem vazios. Os outros que são deixados vazios apenas para entrarem em ruína. As rendas insuportáveis que ainda deverão aumentar. A escravatura de trinta ou quarenta anos a um Banco até que uma pessoa possa finalmente dizer quem tem uma casa sua. A falta de espaços para tudo. A ausência de qualquer coisa que torne uma rua ou um bairro numa comunidade humana, em vez da mera coincidência no espaço de uma multidão de desconhecidos.

Mas esta situação é um estado de coisas buscado e desejado pelos detentores do poder político e económico. As câmaras vivem das licenças de construção, a Banca, do crédito à habitação, as construtoras, da construção, os proprietários, da especulação sobre os terrenos, que hão-de valer uma fortuna assim que se possa construir sobre eles. Vêem-se os resultados. E vê-se também como o Poder responde a quem tenta lutar contra estas coisas.

Assim aconteceu, esta manhã, com o despejo da antiga escola do Bairro da Fontinha, no Porto, onde funcionava desde há um ano o projecto Es.Col.A. Em face do apoio popular de que este projecto gozava e após uma tentativa gorada de despejo, a Câmara do Porto acabou prometendo a cedência do espaço, devoluto há cinco anos, caso os ocupantes se constituíssem em associação formal. A associação foi constituída, mas a cedência não veio: veio a exigência de assinarem um contrato onde acediam...ao seu próprio despejo. Tal proposta foi, evidentemente, recusada. A resposta da Câmara foi o envio do Corpo de Intervenção. Cerca das 10 da manhã, o bairro foi cercado por polícia fortemente armada, o edifício despejado, com o seu conteúdo a ser atirado pelas janelas, e seguidamente emparedado. Três pessoas foram detidas, e houve registo de agressões por parte da polícia, com uso, inclusive, de armas de choques eléctricos.

Por ruas que não sejam cemitérios, por edifícios que não sejam tumbas, recuperemos o espaço das nossas vidas!


Todo apoio para a Es.Col.A, liberdade imediata para os detidos!

sábado, 14 de abril de 2012

Carta Aberta da Es.Col.A do Alto da Fontinha



A promessa de suspensão do despejo do Es.Col.A revelou-se um logro. Politicamente forçada a dialogar com os ocupantes da antiga Escola Primária do Alto da Fontinha, a Câmara Municipal do Porto (CMP) mais não queria do que anunciar que o despejo se mantinha, embora adiado. Em reunião com dois delegados da Assembleia do Es.Col.A, os representantes da câmara exigiram que o projecto assinasse a sua sentença de morte, traduzida num contrato de aluguer com fim em Junho. A continuidade imediata do Es.Col.a dependeria da assinatura desse papel.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Acção Internacional de Luta Contra o Capitalismo

31 de Março (Sábado), 15 horas
Praça do Chile (Metro Arroios)

AIT-SP

Viva a luta dos trabalhadores – em Portugal , em Espanha, e em toda a parte!

Hoje, 29 de Março, os trabalhadores espanhóis desencadeiam uma Greve Geral contra os cortes sociais e a reforma laboral aprovada pelo governo. A Secção Portuguesa da Associação Internacional dos Trabalhadores declara a sua solidariedade e o seu apoio total para com a luta dos trabalhadores do país vizinho. Em toda a parte, a classe dominante tenta transferir para a classe trabalhadora os custos da crise do capitalismo, com cortes sociais e laborais. Em toda a parte, pretende-se fragilizar a classe trabalhadora e aumentar a exploração a que esta é sujeita. Em toda a parte, a classe trabalhadora deve erguer-se e resistir.

Um ataque contra um de nós diz-nos respeito a todos. Cada vez mais, o capitalismo ignora as fronteiras nacionais e extravasa-as. Sempre que a classe trabalhadora de um país sofre uma derrota, o capitalismo triunfante utiliza essa vitória para submeter as restantes. Que trabalhador ou trabalhadora não conhece a chantagem das deslocalizações, e quantos não a sentiram já na pele? Quantas vezes as medidas de austeridade e os cortes sociais aplicados num país não vão servir de balão de ensaio para o que será aplicado a seguir noutros? Se um trabalhador for forçado pelo Capital a mais baixos salários e piores condições de trabalho, haverão consequências disso para os restantes. Pela força de ser das coisas, um trabalhador que luta, seja onde for, não luta apenas por si mesmo, mas pela totalidade da classe trabalhadora.

quarta-feira, 28 de março de 2012

A CNT (Espanha) convoca uma Greve Geral para 29 de Março

Contra a reforma da lei laboral, os cortes, e os ataques contra a classe trabalhadora.

A CNT rejeita qualquer negociação sobre direitos conquistados e exige a revogação da Reforma Laboral.

O Comité Confederal da CNT decidiu convocar uma Greve Geral de 24 horas para o dia 29 de Março, ampliando assim a convocatória já efectuada na Galiza e em Euskadi, convocatória essa que será formalizada nos próximos dias.

A CNT rejeita quaisquer negociações sobre os direitos conquistados pela classe trabalhadora em anos de luta, pelo que convoca esta greve com o objectivo prioritário de fazer revogar imediatamente a reforma laboral aprovada ontem pelo Parlamento, que considera como uma agressão frontal aos direitos e às condições de vida da classe trabalhadora e uma continuação das medidas tomadas pelo anterior governo, tais como a reforma laboral de 2010, a redução de salários na função pública, ou os cortes nas pensões e serviços públicos que o actual governo está a aprofundar.

A CNT exige que se ponha termo a uma política económica concebida para fazer com que os trabalhadores paguem pela crise dos bancos e dos patrões, que conduziu a um número intolerável de desempregados e dsempregadas que não para de aumentar, e ao empobrecimento e agravamento das condições de vida da classe trabalhadora.

A CNT também convoca esta greve contra os cortes, na véspera da aprovação de um Orçamento de Estado onde se concretiza um ataque brutal contra os serviços públicos e os direitos sociais.

AIT – Dias de Acção para 29, 30 e 31 de Março

A Associação Internacional dos Trabalhadores vai organizar Dias de Acção a 29, 30 e 31 de Março. Estas acções serão internacionais e dirigidas contra as medidas de austeridade capitalistas, a exploração e a opressão, incidindo sobre problemas locais, regionais e globais, conflitos de trabalho, etc.

As acções da AIT vão coincidir com a Greve Geral espanhola de 29 de Março. A CNT-AIT fez uma convocatória para a Greve Geral, e as restantes Secções e Secretariado da AIT irão demonstrar a sua solidariedade para com a sua congénere espanhola.

Para já, recebemos informação sobre a participação nos dias de acção da AIT provenientes de: ZSP (Polónia), SF (Grã-Bretanha), sindicatos da CNT-F (França), KRAS (Rússia), AIT-SP (Portugal), e NSF (Noruega). Os dias de acção da AIT também vão coincidir com o Dia Europeu de Acção Contra o Capitalismo, a 31 de Março, organizado em parte pela FAU (Alemanha), USI-AIT (Itália) e CNT-E (Espanha).

A Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT), está convencida de que os trabalhadores devem lutar contra as medidas de austeridade capitalistas, a exploração e a opressão, recorrendo às armas da Acção Directa e da Solidariedade Internacional. As Secções da AIT são organizadas pelos próprios trabalhadores, não têm “funcionários” pagos, não praticam a colaboração de classes e não recebem subsidios dos capitalistas e do Estado.

Os trabalhadores nunca serão verdadeiramente livres da exploração e da opressão até que os trabalhadores de todo o mundo se organizem e lutem para substituir o capitalismo actual por um sistema gerido pelos próprios trabalhadores e que lhes proporcione uma liberdade económica e social real!

Vivam a AIT e o anarco-sindicalismo!

Oslo, 12 de Março de 2012
Secretariado da AIT

http://iwa-ait.org/?q=node/197

segunda-feira, 26 de março de 2012

Greves e manifestações são necessárias, mas não bastam: auto-organização e acção directa!

As greves são necessárias, mas não suficientes. Causam, como deve ser o propósito de qualquer greve, dano económico ao Capital, mas, desta feita, não de molde a forçá-lo a mudar de rumo. Seja pela gravidade do que está em jogo, seja pela sua natureza limitada, nenhuma Greve Geral conseguirá forçar o Capital e o seu Estado a afrouxarem o garrote que colocaram em torno da nossa garganta. Pelo contrário, é de esperar que o nó se aperte cada vez mais.

À nossa espera estão mais cortes sociais, mais desemprego, mais pobreza, mais opressão. Tudo o que fomos conseguindo conquistar a pulso vai-nos sendo retirado: saúde, educação, reforma, protecção social. Sobem os impostos, modifica-se (outra vez) a lei das rendas para favorecer os senhorios, sobem as taxas moderadoras nos hospitais, aumentam-se os passes sociais, diminuem-se os períodos de atribuição do subsídio de desemprego. O Código do Trabalho é refeito pela enésima vez para nos tornar mais precários e mais vulneráveis, como os patrões desejam. Querem-nos calados e obedientes, mas vão consegui-lo?

As grandes manifestações são necessárias. Quebram o mito de uma classe trabalhadora resignada diante desta «ascensão lenta de um calvário» que lhe propõem de novo. Sim, temos mesmo que sair à rua, para falarmos entre nós, conhecermos-nos, discutirmos os nossos problemas comuns, propormos soluções e agirmos em conjunto. Mas de pouco nos havia de servir «fazermos-nos ouvir» pelo conjunto de capatazes dos nossos exploradores que é o Governo! Pela sua própria posição, só teria que nos ignorar e seguir em frente, porque esta crise e este défice são para combater da mesma forma que todos os anteriores: às custas das nossas condições de existência.

terça-feira, 20 de março de 2012

22 Março – GREVE GERAL: a sério só com OCUPAÇÃO das EMPRESAS, das RUAS e das PRAÇAS!

“A libertação d@s trabalhadoras/es só pode ser obra d@s própri@s” – e não de presidentes, ministros e deputados - ou não será libertação nenhuma!… (Máxima da antiga CGT -Confederação Geral do Trabalho portuguesa, anarco-sindicalista, destruída pelo fascismo salazarista nos anos 30 e 40 e hoje também o lema da AIT-SP (Associação Internacional d@s Trabalhadoras/es – Secção Portuguesa).

Qualquer PARTIDO não fará mais do que substituir um governo por outro! E os governos, mesmo que constituídos por ditos “representantes” do povo… GOVERNAM-SE A ELES! Porque os REPRESENTANTES dos trabalhadores NÃO SÃO OS PRÓPRIOS TRABALHADORES e quando sem o controlo pela MAIORIA do povo, em ASSEMBLEIAS LOCAIS, tenderão sempre a acumular privilégios, a afastar-se do povo e a transformar-se em novos burgueses burocratas!

Quase 50 anos de fascismo salazarista (1926 a 1974) e quase 40 de “democracia representativa” (1974 a 2012) chegam-nos para ver como alguns “representam” bem no pior dos teatros: o da MENTIRA e DA ROUBALHEIRA legal em que tanto o parlamento, como os vários parlamentosinhos locais (assembleias municipais e de freguesia) se transformaram!

Hoje, só a DEMOCRACIA DIRECTA dos trabalhadores e do povo, como chegou a funcionar logo após o 25 de Abril de 74, em ASSEMBLEIAS SOBERANAS em empresas e bairros, poderá evitar, que quaisquer representantes eleitos se corrompam e possam ser então imediatamente revogáveis e substituídos por outros, se a maioria assim o entender, não se podendo colocar acima dos que os escolheram para qualquer tarefa , mas sim sendo apenas PORTA VOZES e APLICADORES da vontade de todos!...

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Cine Fórum - Chaves - 3 e 4 de Março


Desta vez com a organização e colaboração da AIT - Associação Internacional dos Trabalhadores, Secção Portuguesa / Núcleo Chaves e Coordinadora Anarquista del Noroeste

Dias 03 e 04 de Março

Local: Teatro Bento Martins,
Largo do Monumento, Edifício Nova York
Chaves

Entrada Gratuita

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Viva a justa luta dos trabalhadores e trabalhadoras da Cerâmica de Valadares! Sigamos o seu exemplo!


O S.O.V.(Sindicato de Ofícios Vários) do Porto da AIT-SP – Associação Internacional dos Trabalhadores – Secção Portuguesa, organização sindical libertária (continuadora da antiga CGT-AIT, proibida em 1933 pelo regime salazarista) e que agora continua a sua acção, por um sindicalismo revolucionário de luta de classes, de apoio mútuo, de acção directa, de autogestão e não de "concertação social" nem com o patronato nem com qualquer governo, independente de qualquer partido, constituído apenas por militantes trabalhadores voluntários e rejeitando qualquer dependência económica do Estado ou do patronato, vem por este meio saúdar e apoiar a justa luta d@s trabalhadoras/es da CERÂMICA DE VALADARES.

A ocupação da empresa pelos/as trabalhadores/as e o controlo de entradas e saídas de equipamentos e produção, a defesa da sua empresa – porque a produção são os trabalhadores que a dão, não o patronato! – a sua luta por aquilo que é não só um direito básico mas também algo do mais legítimo que há, contra todas as Troikas, FMI's e quaisquer governos e patronato, o pagamento dos seus salários, é um exemplo para os trabalhadores deste país! Não o fazer seria aceitar voltar à escravidão em que se trabalhava apenas por uma malga de má comida e à força do chicote!...

É de facto preciso que o patronato hoje se sinta com as costas muito quentes para ousar este tipo de terrorismo patronal contra os trabalhadores: não pagar salários, impor-lhes a fome, retirar direitos conquistados com árduas lutas do passado, provocar falências fraudulentas de empresas com centenas e milhares de trabalhadores, deslocalizá-las para países onde os salários ainda são mais miseráveis do que aqui, só para assegurar a sua ganância de o máximo de lucros com o mínimo de gastos... E nada disto é novo! É o que não têm nunca todos os patrões mais ávidos de lucros fáceis deixado de fazer, mesmo antes da actual "crise" (que foram eles e os banqueiros que provocaram mas que somos nós trabalhadores que sempre pagamos...).

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Contra os poderes que nos esmagam, criemos contra-poderes que nos libertem!

Contra os poderes que nos esmagam (FMI, TROIKAS, banqueiros, patronato, Estado, governos, políticos, etc.), criemos contra-poderes que nos libertem (assembleias populares - de facto - sindicatos, mas não de "concertação" com o patronato, assembléias de moradores, de desempregados, de utentes de serviços públicos, associações, etc...), funcionando em democracia directa - a real e autêntica - e recusando o capitalismo, seja ele privado ou de Estado).


Ou isto... ou mais do mesmo, ou o ainda pior que aí pode vir!...
Porque... todos os governos se governam, nenhum nos liberta!

Não te feches na casca!

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Os Seis de Belgrado voltarão a ser julgados

Gostaríamos de informar que em 8 de fevereiro de 2012 haverá um novo julgamento contra quatro membros da Iniciativa Anarco-Sindicalista (ASI) da Sérvia, e de dois anarquistas não afiliados, de Belgrado, como parte de um processo judicial contra os Seis de Belgrado (BG6).

Os seis libertários em Belgrado são acusados de incitar, auxiliar e executar um ataque contra a Embaixada da Grécia em Belgrado, no final de agosto de 2009, em solidariedade a um preso político grego em greve de fome. Imediatamente após o ataque à embaixada, os BG6 (Tadej Kurepa, Ratibor Trivunac, Ivan Savic, Ivan Vulovic, Nikola Mitrovic e Sanja Dojkic) foram detidos e mantidos presos durante os seguintes seis meses, acusados de “terrorismo internacional”. Graças à mobilização maciça de apoio, tanto global como localmente, foram liberados pouco antes da data do julgamento. Em junho de 2010, foram absolvidos completamente, finalmente, pelo Supremo Tribunal em Belgrado, que decidiu que não havia base para um veredito de culpabilidade em qualquer das acusações.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Pela readmissão das trabalhadoras e trabalhadores despedidos na Biblioteca Nacional de Espanha!

Neste 4 de Fevereiro, dia em que se realiza uma Jornada Europeia de Solidariedade contra os cortes nas bibliotecas públicas, solidarizamo-nos com os trabalhadores em luta contra a subcontratação ilegal na Biblioteca Nacional de Espanha.

Em Setembro de 2010, o sindicato CNT-AIT de Madrid, Espanha, iniciou uma campanha contra a Biblioteca Nacional de Espanha pela readmissão de três trabalhadoras despedidas desta instituição por denunciarem a sua situação de subcontratação ilegal. Actualmente, dos mais de 400 trabalhadores subcontratados que sofrem uma grave situação de exploração laboral, muitos já denunciaram a sua situação. A resposta da actual direcção da Biblioteca Nacional veio sob a forma de represálias e despedimentos massivos.

A nossa exigência é muito clara: queremos a contratação directa dos mais de 400 trabalhadores subcontratados na Biblioteca Nacional Espanhola e queremos a readmissão dos despedidos. Nas bibliotecas públicas espanholas, a contratação directa do pessoal subcontratado significaria uma poupança de 40% nos orçamentos públicos, actualmente desviados para empresas privadas com total impunidade. No caso da Biblioteca Nacional de Espanha estamos a falar numa poupança de milhões de euros.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Novo núcleo da AIT-SP

Aos poucos, a AIT-SP vai expandindo o seu alcance e chegando, mesmo que de maneira embrionária, aos sítios mais ao interior do país, como é o caso de Chaves, cidade do novo núcleo da AIT-SP.

AIT-SP - Núcleo de Chaves
Contacto: anarquismo.chaves@yahoo.com

Contra os aumentos nos transportes públicos! Contra os cortes nas linhas e trajectos!

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Assina a petição online - pela readmissão dos grevistas despedidos pela ABB de Córdova

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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

A Luta das(os) Trabalhadoras(es) é Internacional!


(panfleto distribuido durante uma acção de solidariedade com os trabalhadores em greve da EULEN-ABB de Córdova, Espanha)

Solidariedade com os trabalhadores da EULEN-ABB de Córdova, em greve indefinida desde 28 de Novembro!

Boicote internacional à ABB e ADECCO!

Desde 28 de Novembro, os trabalhadores da empresa multinacional de trabalho temporário EULEN (Flexiplan, em Portugal) contratados pela empresa ABB, permanecem em greve, acampados à porta da fábrica. Estes trabalhadores lutam contra a sua substituição nos postos de trabalho, após a ABB ter decidido transferir o contrato de outsourcing com a empresa EULEN para a empresa EUROCEN, uma filial da ADECCO. Desta forma, a ABB pretende ver-se livre de trabalhadores incómodos, que durante dois anos não têm cessado de lutar pelos seus direitos.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Novo período negro de miséria… E tu? Aceita-lo?!

(comunicado distribuido durante a manifestação de 21 de Janeiro de 2012)

O novo ano começa com mais e mais “medidas de austeridade”. Aumentaram as taxas moderadoras na saúde, a electricidade e os transportes; o IVA subiu em vários produtos e serviços; cortaram os subsídios de férias e de natal dos funcionários públicos… E agora vão cortar 4 feriados e 3 dias de férias; vai ser mais fácil e barato despedir; a aplicação do banco de horas alargará o horário de trabalho; o trabalho extraordinário vai ser mais mal pago; as novas leis de arrendamento facilitarão os despejos, etc., etc., etc…

Estas medidas, a juntar aos cortes nos apoios sociais, atingem centenas de milhares de pessoas: trabalhadores, desempregados, pensionistas, estudantes… Mas será que também irão cortar nos vencimentos de ministros, secretários de Estado e assessores? E nos magníficos ganhos dos gestores e directores das grandes empresas e bancos? E cortarão nas enormes pensões mensais vitalícias dos políticos que apenas trabalharam 8 ou 12 anos para as obterem? Será que vão afectar os 25 mais ricos de Portugal (como Américo Amorim, Soares dos Santos da Jerónimo Martins ou Belmiro de Azevedo da Sonae) que em 2010 aumentaram as suas fortunas em 17,8%, somando 17,4 mil milhões de euros, representando 10% do PIB?

Não! Sabemos que isso nunca irá acontecer. Pois a “crise” não é igual para todos. A maioria da população, sobretudo os pobres, sempre esteve em crise. Porque a “crise” verdadeira é a existência do actual sistema de Capitalismo e de Estado; porque para os governantes, gestores e patrões continuarem a enriquecer é preciso que haja muita miséria e desemprego para pressionar as pessoas a aceitar as mais miseráveis condições: os salários dos mais baixos da Europa, a pior segurança social, os inúmeros acidentes de trabalho, as longas jornadas de trabalho (às vezes 10, 12 e 14 horas por salários de 2,5 e 3€ por hora)…

Nada disto é novidade, só que está cada vez pior! Por isso não podemos confiar nos que só nos querem caçar o voto para comerem à mesa dos ricos e poderosos: nos partidos políticos e direcções sindicais, que apenas nos querem entreter com promessas ou então com protestozinhos bem-educados e serenos para engodar a malta e ir iludindo os que ainda acreditam que eles “representam o povo”...

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

18 de Janeiro de 1934 – 18 de Janeiro de 2012 – Assinalar a memória histórica, tirar lições para a actualidade


Em 18 de Janeiro de 1934, os trabalhadores portugueses, organizados na antiga CGT - Confederação Geral do Trabalho (anarco-sindicalista) e noutras organizações , levantavam-se num movimento de resistência e protesto contra as novas leis do governo salazarista que pretendia proibir os sindicatos livres, obrigar os trabalhadores a entregarem os haveres das suas organizações ao Estado, proibir qualquer resistência dos trabalhadores contra a exploração capitalista, e obrigá-los a integrarem-se em ditos “sindicatos corporativos” controlados pelas autoridades salazaristas e pelo patronato.

Este movimento, derrotado apesar da atitude heróica dos trabalhadores, saldou-se em fuzilamentos sumários, numerosas prisões, na inauguração do campo de concentração do Tarrafal - onde morreram muitos dos combatentes mais decididos da classe operária - e no reforço da ditadura fascista, que duraria até ao 25 de Abril de 1974.

É para lembrar e honrar os nossos heróicos antepassados, trabalhadores libertários e revolucionários desses tempos (como Mário Castelhano, José Francisco, Acácio de Aquino e tantos outros) e para tirarmos algumas lições para os dias de hoje, que o SOV-Sindicato de Ofícios Vários do Porto, da AIT-SP (organização anarco-sindicalista portuguesa) e companheir@s do Espaço Musas, e da Terra Viva!AES , resolveram assinalar esta data com as seguintes realizações: