domingo, 29 de maio de 2011

BOICOTE A LOTTO E A FINTA! PELA READMISSÃO DE ÍCARO.

PRÓ SINDIVÁRIOS PIRACICABA/SP- relata o ocorrido com o Sindivários Araxá/MG. SINDIVÁRIOS ARAXÁ – FOM – MG, (SP, Plenária Nacional da COB/AIT 9/04/2011)

A FF Mercantil, empresa de Araxá-MG responsável por produtos da marca brasileira Finta e da italiana Lotto, mantém seus empregados sob um regime de trabalho extremamente precário e adota diversas medidas para impedir que eles se organizem para resistir à sua exploração: os trabalhadores não recebem insalubridade, são expostos a calor excessivo, ganham menos que um salário mínimo e muitos são vítimas de humilhações, perseguições e chantagens. A última manobra de perseguição por parte da patronal ocorreu no dia 22 de março, com a demissão de Ícaro Poletto, membro do Sindivários Araxá, associado à Federação Operária Mineira, que se esforçava junto aos seus companheiros para lutar por seus direitos. Os funcionários que não se renderam ao assédio patronal seguem sofrendo represálias.

A FF Mercantil ETA ligada à Filon Confecções na cidade de São Paulo. Não sabemos quais são as condições em que os trabalhadores da Filon se encontram, mas dificilmente elas são diferentes das encontradas em Araxá, já que ambas trabalham sob a mesma lógica, a lógica do Capital, a qual sempre se sobrepõe aos direitos do indivíduo e ao bem-estar do trabalhador, constantemente sacrificado para a maximização do lucro. Exigimos que nosso companheiro seja readmitido, que a política de represálias contra a livre organização dos trabalhadores tenha um fim e que sejam atendidas as reivindicações dos trabalhadores de Araxá, descritas a seguir:
  • Redução da Jornada de trabalho para 8 horas;
  • Adoção da semana de trabalho inglesa (de segunda a sexta);
  • Pagamento dos adicionais por insalubridade;
  • Acordos sobre participação nos lucros;
  • Instalação de aparelhos para diminuição do calor no interior da fábrica;
  • Respeito à liberdade de organização dos trabalhadores.
BOICOTE A LOTTO E A FINTA! NÃO COMPRE PRODUTOS FEITOS SOBRE TRABALHO SEMI-ESCRAVO! PELA READMISSÃO DE ÍCARO POLETTO! PELA LIBERDADE SINDICAL!

O COMPANHEIRO FOI DEMITIDO, MAS DEVEMOS MANTER NOSSO BOICOTE PERMANENTE EM APOIO À READMISSÃO DO MESMO E DOS QUE LÁ TRABALHAM.

O BOICOTE ECONÓMICO É A NOSSA MAIOR ARMA DE PRESSÃO.

É PRECISO CERCAR A EMPRESA E SEUS DIRETORES OBRIGANDO-OS A RESPEITAR OS DIREITOS DOS TRABALHADORES.

SEM LUTA CONTINUADA NÃO EXISTEM DIREITOS SOCIAIS!

APELAMOS À SOLIDARIEDADE INTERNACIONAL!

FORGSCOB/AIT

OS DIREITOS SOCIAIS NÃO SÃO BENESSES DA PATRONAL SÃO CONQUISTAS SOCIAIS DOS TRABALHADORES

quarta-feira, 18 de maio de 2011

A SEGURANÇA SOCIAL É DO POVO…NÃO É DOS LADRÕES QUE MANDAM!...

A "SEGURANÇA SOCIAL" está a ser para o povo cada vez mais IN-segurança social! Desde Julho passado, o governo efectuou os grandes "cortes" em medidas de apoio aos mais necessitadas ( nos complementos para quem tem crianças com problemas de saúde, em apoios às rendas de casa, em apoios à saúde, etc…) atingindo sobretudo desempregad@s, beneficiários do RSI e reformad@s com pensões já por si miseráveis.

Aumenta assim o número de pessoas que dormem nas ruas e das que já não podem pagar serviços públicos básicos como electricidade, água, transportes, que acumulam rendas em atraso e que em breve virão parar à rua se nada se fizer…(para mais com a nova lei dos despejos que o governo achou por bem pôr cá fora antes de se demitir…). Agora, com os FMI s e Fundo Europeu este cenário será ainda mais agravado!...

Mas os gestores e o governo, reduziram também o pessoal nos atendimentos nos vários serviços, causando assim as longas filas de espera e o bloqueamento dos próprios serviços - além das fricções inevitáveis entre quem é (mal)atendido e quem atende…

É "a crise"… "o Estado está falido, a Segurança Social está sem dinheiro"…Mas ELE$ COMEM TUDO E NÃO DEIXAM NADA!...

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Vídeo da Manifestação do 1º de Maio em Setúbal




Aqui está o vídeo que durante a última semana foi recolhido e editado. Utilizaram-se as caixas de texto para cobrir as caras, visto que estas durante a manifestação estavam descobertas e porque sabemos como funciona o aparelho repressivo.

Não disparámos armas de fogo, não fomos em formação “bloco-negro”, não causamos distúrbios, não partimos vidros, não destruímos carros… nem nenhum dos outros delírios. Houve sim fogos de artifício e frases pintadas pelo caminho.

No final do vídeo é óbvio, pela posição da câmara, que a polícia adoptou uma postura ofensiva para acabar violentamente com uma manifestação que já tinha acabado. É criada uma ratoeira para a qual somos atraídos e a partir daqui a polícia agrediu todos os que encontrou pela frente.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Repressão policial contra o Primeiro de Maio Anti-autoritário e Anticapitalista em Setúbal

O “Primeiro de Maio anti-autoritário e anticapitalista”, em Setúbal, foi convocado com um apelo à recuperação da tradição combativa e anti-autoritária do “dia do trabalhador”. Desta forma, procurou ser “uma mobilização não controlada por nenhuma força partidária, por nenhuma central sindical ou qualquer força de repressão e controlo do Estado”. Em larga medida, este objectivo foi conseguido. Numa altura em que os poderosos disputam ferozmente as migalhas que querem roubar aos que já pouco têm, uma manifestação que apontou outro caminho de luta e resistência teve de ser reprimida pela polícia.

A mobilização começou às 13 horas, com uma concentração no Largo da Misericórdia. Aqui, ouviram-se canções de intervenção e leram-se comunicados ao altifalante. Um grupo de companheiros distribuiu ainda uma sopa entre os presentes. Apesar da forte chuva que começou a cair, cerca de 150 pessoas não arredaram pé e iniciaram uma marcha pelas ruas estreitas da zona mais antiga da cidade fazendo ecoar palavras de ordem como “Nem Estado, nem patrão, autogestão!”, “Não negociamos a nossa escravidão! A vida é nossa, não é do patrão!” ou “Sabotagem, greve selvagem!”. A manifestação seguiu para a Praça do Quebedo, onde se estava a iniciar a manifestação da CGTP. Ao longo da Avenida 5 de Outubro o protesto continuou na cauda do desfile da CGTP, constituindo o sector mais animado e combativo desta marcha e recebendo a aprovação de muitas das pessoas que assistiam. Depois, a manifestação separou-se da CGTP e continuou o seu percurso em direcção a um dos bairros populares de Setúbal. Apesar da divergência em relação às frases gritadas pelos dirigentes da CGTP, que foram apelando à “luta” através do voto durante o percurso, não se verificaram quaisquer incidentes, nem nesta nem nas outras partes do percurso. 

A manifestação terminou no Largo da Fonte Nova, onde os manifestantes pousaram as suas faixas no chão e se preparavam para descansar e conviver. A partir do sistema de som dum carro estacionado no largo, voltaram-se a ouvir músicas revolucionárias. No entanto, poucos minutos depois da chegada à praça, um grupo de polícias, numa atitude provocatória, insistiu em identificar e deter as pessoas que se encontravam junto ao carro do som. Com isto, iniciou-se o confronto entre a polícia e os manifestantes que tentaram impedir a detenção destes companheiros e defender-se dos ataques. A polícia utilizou gás pimenta contra a cara de alguns manifestantes e começou a disparar balas de borracha contra quem estava no largo. Um agente chegou a disparar tiros reais para o ar.

domingo, 1 de maio de 2011

Contra a Austeridade Capitalista, Guerra Social!

Escusado será dizer que o rumo da sociedade capitalista não é determinado pelos trabalhadores, mas pela burguesia, graças à força que a posse do capital lhe confere e por intermédio dos aparelhos partidários que lhe pertencem inteiramente e se vão revezando no poder. Se esse rumo que veio a ser delineado a partir de cima no decurso das últimas décadas conduziu a um beco sem saída, não será isso a impedir a classe dominante de tentar resolver o problema da maneira habitual: pondo-o às nossas costas.

Não, trabalhadores que somos, não nos compete preocuparmo-nos com o crédito, a banca, a dívida pública, as agências de rating, o FMI, e todo o restante palavreado da economia de crise que agora inunda as páginas dos jornais, mas antes com o desemprego, a precariedade, os salários de miséria, as pensões insuficientes e todos aqueles outros problemas que são efectivamente os nossos e que vemos agravarem-se dia após dia.