quinta-feira, 24 de março de 2011

ABAIXO A NOVA GUERRA NO NORTE DE ÁFRICA!

A intervenção “humanitária” dos estados da NATO na Líbia com o propósito principal de dar apoio militar a um dos lados em confronto numa guerra civil local, provou mais uma vez que não há “revoluções”no Norte de África e no Médio Oriente, o que há é uma obstinada e amarga luta pelo poder, por lucros, por influência e controlo sobre os recursos petrolíferos e áreas estratégicas.

O profundo descontentamento e protestos sócio-económicos das massas trabalhadoras da região gerados pela crise económica global (ataques às condições de vida dos trabalhadores, aumento do desemprego e da pobreza, alargamento do trabalho temporário) são usados pelos grupos políticos de oposição para organizar golpes, derrubando a tirania de ditadores senis e corruptos e ocupando os seus lugares. Mobilizando os desempregados, os trabalhadores, os pobres, como carne para canhão, facções descontentes da classe dirigente desviam-nos das suas reivindicações sociais e económicas, prometendo-lhes “democracia” e “mudança”. Mas de facto aquele bloco multicolor de “recuperados” da elite dirigente, liberais e fundamentalistas religiosos, não trarão aos trabalhadores quaisquer melhorias. 

segunda-feira, 21 de março de 2011

Com o nosso sangue acumulam fortunas!

À memória de Carlos dos Santos - trabalhador morto na construção de um El Corte Inglés em Jaén - Espanha

Os companheiros do Sindicato de Ofícios Vários da CNT de Jaén (Espanha), realizaram hoje uma homenagem ao trabalhador português Carlos dos Santos, de 52 anos, que com outros portugueses trabalhava nas obras de construção do El Corte Inglés na cidade de Jaén e morreu na sequência de uma queda de dez metros de altura, depois de terem cedido os pilares que suportavam a plataforma onde se encontrava. Após vários dias no hospital, não resisitiu aos traumatismos e faleceu a 21 de Março de 2007.

domingo, 20 de março de 2011

Relato da Assembleia Popular do Porto realizada no dia 19/3

[texto retirado daqui]

Realizou-se ontem uma Assembleia Popular na Praça D.João I por iniciativa de vários colectivos da cidade do Porto que se identificam com os valores da liberdade, solidariedade, cooperação e emancipação social, que contou com a presença de meia centena de pessoas.
Depois de um momento inicial para explicar a génese e os objectivos da Assembleia, deu-se a palavra a todos os interessados - e foram muitos – que pretendessem apresentar os seus problemas ou fazer uma rápida abordagem de assuntos que considerassem relevantes para serem ali discutidos.

POVO "À RASCA"

Trabalhadoras/es empregad@s e desempregad@s, manuais ou intelectuais “à rasca”, novos e velhos “à rasca”:

Ponhamos nós “à rasca” todos os privilegiados, políticos e poderosos do Estado e do dinheiro…


REVOLTEMO-NOS CONTRA A MISÉRIA!

Exijamos a igualdade, o fim dos privilégios e mordomias de gestores e homens de Estado, o fim das misérias e dos “cortes” nos apoios sociais a desempregad@s, precári@s e reformad@s!

Recusemos os aumentos dos preços, os abusos patronais, os cortes nos salários, a redução de direitos sociais e laborais (que as direitas querem e os centros e esquerdas parlamentares consentem!...) E que todos os governos de ladrões promovem!

terça-feira, 15 de março de 2011

ASSEMBLEIA POPULAR - SÁBADO, 19 de Março - Pr. D. João I, Porto – 14h

O que é e para que serve?
É uma reunião pública e popular, geralmente num local aberto, onde as pessoas que o desejarem são convidadas a exprimir livremente e de forma organizada, as suas opiniões e ideias sobre uma situação ou questão de interesse geral ou a tomarem resoluções em comum, votando por maioria. Ao contrário de um parlamento ou assembleia estatal, aqui as pessoas participam directamente na resolução de problemas comuns em vez de elegerem “representantes” para o fazer por elas. Se escolherem alguém eleito nestas assembleias para alguma tarefa especial, esse alguém pode ser revogável a qualquer momento por nova assembleia, se não cumpriu, por qualquer razão o que se comprometeu perante o povo.
Tais assembleias funcionam pois em DEMOCRACIA DIRECTA, propondo e votando coisas a fazer - sobretudo- e não, em regra, pessoas para decidirem pelas outras o que fazer.

segunda-feira, 14 de março de 2011

AIT-SP nos protestos de 12 de Março

A Secção Portuguesa da Associação Internacional dos Trabalhadores marcou a sua presença, juntamente com outros militantes libertários, nos protestos de 12 de Março contra a precariedade laboral.
 
No Porto e em Lisboa, marcámos presença com as nossas faixas, bandeiras, comunicados e palavras de ordem.
Em Lisboa foi distribuído um comunicado com o título "A precariedade é o estado normal das nossas vidas sob o domínio do Estado e do Capital".
No Porto, no final da manifestação, realizou-se uma assembleia popular com a presença de duas centenas de pessoas na Praça D. João I. Para o próximo sábado, dia 19 de Março, os libertários do Porto convocaram uma nova assembleia popular.

domingo, 13 de março de 2011

A precariedade é o estado normal das nossas vidas sob o domínio do Estado e do Capital

Todos sabemos que a precariedade laboral, o desemprego e os salários de miséria não são um problema só dos jovens licenciados, mas da grande maioria dos trabalhadores. Portanto, reivindicar trabalho estável e salários dignos apenas para quem é jovem e tem formação universitária não poderá passar de uma piada de mau-gosto.

Quando falamos de precariedade estamos a falar de grande maioria da população: trabalhadores contratados ou não, desempregados, reformados, jovens à procura de um modo de vida e sem-abrigo, sejam eles portugueses ou imigrantes.

A percentagem de trabalhadores precarizados pode ser estimada entre 40 e 50% da população total, se contarmos com os trabalhadores “contratados” através de empresas de trabalho temporário, os desempregados, os sub-empregados (trabalho parcial), os que estão sujeitos a formas encapotadas de desemprego (“empregados” em acções de formação, com reformas antecipadas, vítimas de rescisões por “acordo mútuo”, etc.) e ainda os chamados trabalhadores ilegais. Segundo dados oficiais, mais de um terço dos trabalhadores por conta de outrem em Portugal recebiam em 2010 menos de 600 euros mensais, não chegando o salário médio aos 800 euros.