domingo, 16 de agosto de 2009

SUBEMPREITEIROS DE CONSTRUÇÃO CIVIL EXPLORAM TRABALHADORES BRASILEIROS E PORTUGUESES

Na Corunha e em Vigo, empresas como a JAI-AND/UNIPESSOAL, uma empresa de trabalho temporário de Vizela, têm recrutado trabalhadores no Porto e arredores para empreitadas de construção civil e obras públicas (como o "polígono industrial de Bueu", em VIGO e outras obras, perto do Carrefour da CORUNHA) onde estes trabalham e não são pagos. A alguns destes trabalhadores - com jornadas de trabalho entre 9 e 10 horas por dia - a empresa deve entre 60 a 15 dias de trabalho, desde o início de Maio.

Inicialmente foram-lhes prometidos salários de 5 a 7 euros/hora e até agora nenhum recebeu, tendo por esse motivo alguns abandonado o trabalho até que a empresa lhes pague o que lhes deve. Porém, a situação vai-se agravando, continuando alguns brasileiros e portugueses a trabalhar nas duas obras apenas a troco de comida.

Os trabalhadores também se queixam de serem geralmente transportados pela empresa em veículos bastante degradados e sujeitos a acidentes, bem como de a empresa não dispor da ferramenta necessária à execução dos vários serviços.

APELA-SE à ACÇÃO DIRECTA DE RESISTÊNCIA E PROTESTO DOS TRABALHADORES PRECÁRIOS E SUAS ORGANIZAÇÕES, TANTO NA GALIZA COMO EM PORTUGAL, JÁ QUE PARA ESTES EXPLORADORES A "CRISE" É DOCE...

(ATENTE-SE SÓ NA VIVENDA DA FAMÍLIA E NOS "CARRÕES" DE QUE ESTES PATRÕES DISPÕEM EM VIZELA, próximo à estação da CP...)
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"IPSS" BURLONA NÃO PAGA TRABALHO DE 8 IMIGRANTES NEM DE FUNCIONÁRIOS


No passado ano de 2008, em Julho, oito trabalhadores precários, a maioria imigrantes brasileiros, foram "recrutados" pela "empresa" "ENGER ESP-CONSTRUÇÕES", para obras na pseudo-IPSS ("ROSA SUAVE", Lar de idosos unipessoal, Lda), na rua Guerra Junqueiro, Nº500, na zona da Boavista, no Porto.

Passados mais de dois meses a responsável pela direcção daquela "IPSS","Drª Margarida", apenas tinha pago ao empreiteiro um mês de trabalho, tendo desde aí vindo a esquivar-se ao pagamento do resto do tempo devido - ficando por isso também os oito trabalhadores imigrantes sem receber o montante referente a mais de mês e meio de trabalho (o último pagamento foi feito em Setembro de 2008).

Em paralelo, aquela "IPSS" deve também salários em atraso a outros funcionários da sua própria estrutura - que entretanto também lhe puseram um processo no tribunal de trabalho.

A tal "Drª Margarida" tem-se esquivado ao contacto do empreiteiro, também ele brasileiro (como os trabalhadores a quem continua a dever salários, por conta do não pagamento da "IPSS"), jogando com o facto de alguns deles não terem ainda "regularizada" a sua situação de imigração e temerem represálias por isso.

DIANTE DA MAFIOSICE DE "INSTITUIÇÕES PARTICULARES DE SOLIDARIEDADE SOCIAL" COMO ESTA É PRECISO QUE DEIXEMOS CLARO QUE OS COMPANHEIROS IMIGRANTES NÃO ESTÃO SÓS!
SOLIDARIEDADE E RESISTÊNCIA!
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